Com o início da construção previsto para setembro deste ano e expectativa de abertura para os usuários em 2017, o novo acelerador de elétrons do Brasil, batizado de Sirius, deve ser o mais poderoso da América Latina e um dos mais avançados do mundo. Orçado em R$ 650 milhões, a nova fonte de luz síncrotron brasileira terá uma energia de elétrons de 3 GeV (gigaelétron-volt) e uma emitância de 0.28 nm.rad.
Com isso, Sirius deve entrar para a próxima geração de fontes de luz síncroton, almejando ser o síncrotron com a menor emitância e, portanto, o maior brilho dentro da sua classe de energia. “Sirius colocará o Brasil em condições de competir com os melhores aceleradores do mundo”, declara o professor doutor Antonio José Roque da Silva, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).
Embora não seja sua especialidade, o colaborador do portal terra, o astrofísico Martins Elvis relata que a luz síncroton se tornou uma ferramenta vital em biologia molecular e ciência dos materiais. “Eu visitei as máquinas síncrotron em Saclay (Soleil), na França, e em Argonne, nos Estados Unidos, e elas são muito impressionantes. Suas limitações eram fazer um feixe de luz de raio-X pequeno o suficiente para que eles pudessem iluminar apenas uma molécula. Sirius é projetado para fazer isso, com um enorme brilho, de modo que as imagens devem ser muito melhores do que tivemos até agora. Aonde é que isso vai nos levar, eu não posso dizer, mas é um futuro brilhante”, ressalta.
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