A extração de 45 mil toneladas de cobre seriam muito mais que tudo o que poderia ser utilizado nas duas Américas naquele tempo, além do que, a extração de tanto cobre indica igualmente que quem o extraiu representava uma sociedade altamente organizada, com muita mão-de-obra que pudesse ser utilizada com eficiência
"Julgo que tivemos visitantes e que chegaram até aqui por causa do cobre, por exemplo"
(Charles Fort, O Livro dos Danados)
As rotas dos metais sulcam o mundo antigo e mostram um nível de comércio e de circulação de mercadorias que não concorda em absoluto com a história clássica. A mais celebre dessas rotas é a rota do estanho, que vai da Cornualha Britânica (Grã-Bretanha) à Creta, passando por Lyon. Outras rotas nos são menos conhecidas, notadamente a rota do ouro, partindo das minas do rei Salomão, em alguma parte da África até Jerusalém. Existe igualmente uma rota obsidiana (obsidiana é um vidro natural, negro, de origem vulcânica que servia, há 10.000 anos, para fabricar cortantes) que vai da Armênia à Espanha e tão fantástica quanto possa parecer, uma rota de urânio que vai da Cornualha à Creta.
O artigo abaixo é uma interessantíssima contribuição ao estudo da rota de cobre. É dificil admitir que as mais notáveis minas de cobre, muito extensas na região do Lago Superior, no Canadá, possam ter sido obra de aborígenes americanos. Apesar do extraordinário desenvolvimento dessas minas nada se descobriu que indicasse ser esta região habitada alguma vez por uma população fixa …Nenhum vestigio de habitação , nenhum esqueleto, nenhum osso foram encontrados.
"Os indígenas não tem nehuma tradição que se refira à estas minas" (American Antiquarian, nº 25, pag. 258).
Clifford Simak escreve no Minneapolis Tribune de 8 de junho de 1969: "Um professor vai pesquisar a fundo o mistério das minas de cobre. Os navegadores gregos teriam atravessado o Atlântico perto de 5.000 ou 6.000 anos e escalando a cadeia dos Grandes Lagos para extrair cobre do Michigan Setentrional? O Dr. Eiler L. Henrickson, professor de geologia no Carleton College ( Northfield, Minnesota) , parte este mês para a Grécia a fim de passar um ano de licença para pesquisa. Durante esta permanência , ele analisará objetos de bronze e cobre, a fim de tentar determinar a origem geográfica do cobre que eles contém. Declarou que não se surpreenderá muito se uma parte deste cobre revelar-se originária da região do Lago Superior. Existem numerosas razões para supor-se que há 5 ou 6 milênios, pelo menos, uma civilização altamente organizada extraiu daí uma grande quantidade de cobre . A região em questão é a que se chama Michigan Copper Coutry (a terra do cobre) que engloba a península Keweenaw e a Ilha Real."
Durante anos, até uma época ainda recente, a região de Keweenaw forneceu ao mundo enorme quantidade deste metal. A existência de poços de minas primitivas nesta região foi conhecida pouco depois das primeiras incursões que aí fizeram os homens brancos. Estima-se em que pelo menos 5 mil fossas deste tipo. Algumas delas são pequenas. As maiores medem de 10 a 12 m de comprimento e pouco menos de 3 m de profundidade. Esta "terra do cobre" é impar por ser o único lugar do mundo em que se encontra um grande depósito de cobre nativo, isto é, de pepitas e de grandes pedaços de cobre puro.
Em geral, o cobre encontra-se misturado com outros elementos e o material deve ser refinado para separar dele o metal. O cobre nativo é exatamente aquele em que o homem primitivo mais estaria interessado. Não há necessidade de refinar e o cobre pode ser modelado com martelo, em ferramentas e armas ou combinado com estanho para obter o bronze. A estimativa da quantidade de cobre extraida das 5.000 minas, cuja existência se conhece, varia de 45 mil a 225 mil toneladas. A cifra menor é a de estimativa mais prudente , fundamentada na possibilidade de que o mineiro primitivo se satisfaria com um pequeno rendimento de sua extração. A cifra mais alta fundamenta-se, pelo contrário, na idéia de que nenhum mineiro primitivo teria perdido tempo e a energia exigidos por esta extração se não trabalhasse numa jazida muito rica onde a porcentagem de cobre fosse muito elevada. Contudo, mesmo a estimativa menor representa muito mais cobre, diz Henrickson, que a América primitiva pudesse absorver.
Objetos de cobre foram encontrados amplamente espalhados na América do Norte e, também , em certas regiões da América Central e do Sul; mesmo assim, 45 mil toneladas de cobre seriam muito mais que tudo o que pudesse ser utilizado nas duas Américas. A extração de tanto cobre indica igualmente que quem o extraiu representava uma sociedade altamente organizada, com muita mão-de-obra que pudesse ser utilizada com eficiência.
Henrickson adianta a hipótese de que os homens que extraiam o cobre não fossem indígenas norte-americanos mas que proviessem de outra parte. Esta hipótese, admite, não tem em que se fundar, mas se este trabalho de extração fosse feito por uma civilização americana, deveriamos ter descoberto, agora, testemunhas de uma civilização muito mais avançada do que todas as que se constataram. O fato de não se ter descoberto sepulturas e não haver vestígios de habitação vem reforçar a idéia de que o cobre não foi extraido por pessoas que vivessem na região do Lago Superior.
Mesmo a extração de 45.000 toneladas de cobre teria exigido ou uma excessiva mão-de-obra utilizanda durante um período relativamente curto ou pouca mão-de-obra, mas efetuando o trabalho num período extremamente longo. Tanto num caso como noutro deveria haver aí sepulturas, a menos que os mortos fossem transportados para outros lugares e deveriam também restar alguns vestígios de habitação permanente, se aí houvesse.
A estimativa de 5 mil anos a 6 mil anos para época em que foi feita a extração é seria. As cifras são obtidas com a datação pelo radiocarbono de carvão vegetal encontrado nas fossas sob grandes massas de cobre, que foram extraídas da encosta da escavação e sob as quais acendeu-se fogo tentando amolece-las a fim de poder fragmentá-las. Se o trabalho de extração não foi feito por indígenas, quem o fez então? É a questão que permanece. A solução mais provável seria os gregos. A Grécia era um pais pobre em recursos minerais. Havia muito pouco cobre e não havia estanho. O estanho utilizado no bronze europeu vinha principalmente, nós o sabemos, da Cornualha. Mas para torna-se uma potência mundial, a Grécia tinha necessidade de cobre. De onde veio este cobre? Chipre possui cobre, porém, sob forma mineral. Havia necessidade de refiná-lo para se separar o metal. A África Setentrional poderia fornecê-lo, mas não há nenhuma indicação que isto tenha ocorrido. Seria preciso que os homens da idade do Bronze possuíssem uma tecnologia mais avançada do que jamais se supõe, ou que tivessem acesso ao cobre nativo. É o único lugar conhecido de onde pudesse se obter grande quantidade de cobre nativo é a região do Lago Superior.
Na Grécia , Henrickson trabalhara ligado a um programa de pesquisas chamado Copper Project (Projeto do Cobre), sob a égide do Laboratório Nacional Argonne, em Lemont, Illinois e do Varleton College, em cooperação com a Universidade de Minnesota e a Commissão de Energia Atomica da Grécia. Ele estudara objetos postos à sua disposição por diversas museus e grupos científicos gregos . Apenas uma ínfima quantidade do metal destes objetos é necessária à analise, e os objetos não são danificados. Vários métodos altamente aperfeiçoados serão empregados nesta análise, a qual certamente envolverá a utilização de um reator atômico, e aí é que que intervem a Comissão de Energia Atômica Grega. O cobre nativo é de uma pureza tal que em muitos casos, não há senão 1/10.000.º apenas de outros elementos. E estas impurezas são o fator determinante na identificação do cobre . Este 1/10.000.º pode ser composto até de 25 elementos. diferentes, e isto é ainda importante na determinação do tipo de cobre.
Sendo dado que cada massa de cobre esteve originalmente depositada num meio químico diferente e num conjunto de situações características, cada depósito tem a suas proprias particularidades, no que concerne aos vestígios de elementos em suas impurezas . É por isso que se pode obter o segredo da origem do cobre.
O Interamerican News Letter de novembro de 1970 menciona igualmente estas misteriosas minas. Uma quantidade considerável de cobre foi extraida desta região e foram necessários pelo menos 10.000 homens, durante um período de um milhar de anos para a sua extração. Se o cobre do Michigan revelar-se ter sido espalhado no resto do mundo, isto fará literalmente perder a cabeça todos difusionistas. Contudo, mesmo se assim ocorrer, permanecerá a questão: quem o extraía? E nós pensamos na civilização antiga de há 5 mil anos que, segundo o professor Hapgood, cartografou o mundo, como uma possibilidade. Mas se pelo contrário, não se encontrar este cobre em nenhuma parte do mundo? Quem então o levou?. . . e para onde ? . . .
Está na hora de desvendar esse mistério.
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