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sábado, 5 de agosto de 2017

O Caso Raimundo Souza em Parnarama

O caso de Raimundo Souza foi publicado pela primeira vez em dezembro de 1981, em um artigo sensacionalista de um jornal norte-americano intitulado "OVNIs Matam Quatro Homens". 

Na reportagem o ex-chefe da policia de Parnarama, tenente Magela, era citado como testemunha. Ele teria visto os corpos de Souza e outra vítima, e dito que "o sangue havia sido retirado" dos cadáveres.

Seguimos de avião para São Luiz, onde ele residia, para repassar o caso com o tenente Magela. Logo descobrimos que na verdade ele não vira os corpos, ao contrário do que saíra no tablóide, no estilo hiperbólico típico. Quanto ao sangue removido, ele considerou isso uma sugestão ridícula. Entretanto, ele confirmou outros fatos importantes.

A experiência de Magela como chefe de polícia durante o período chave da onda, entre 1981 e 1982, foi muito interessante. Ele mesmo chegou a observar objetos luminosos voadores, inclusive luzes vermelhas giratórias em torno das torres de televisão no alto da serra de Tarantide. Certa vez um objeto provocou uma falha no gerador da emissora de televisão, movido a diesel, e ele foi chamado para inspecionar o motor fundido. Ele não só registrou numerosos relatos de testemunhas, falando com pessoas que viram os objetos, como também avistou uma luz brilhante como a lua cheia e um objeto "parecido com a cúpula da catedral de São Pedro". Nos dois casos os objetos sobrevoaram as testemunhas em pânico, que caíram. Em outra ocasião ele foi chamado para levar uma mulher a Teresina. Ela quebrou a clavícula. Houve outro caso, de braço fraturado.

Segundo o tenente Magela, Raimundo Souza, 40 anos, era um caçador profissional com boa saúde. Certa noite ele esperava pela caça, em agosto de 1981, e riscou um fósforo para acender o cigarro. Seu companheiro de caçada, Anastácio Barbosa, acredita que a luz do fósforo revelou a posição deles para um objeto, que se aproximou rapidamente e apontou um facho luminoso em sua direção. Ao ver isso, Barbosa pulou da rede e ocultou-se sob as moitas, observando o objeto que circulou sobre a sua cabeça e depois sumiu. Apavorado, ele permaneceu no meio do mato até amanhecer, quando saiu e encontrou o corpo de Souza. Ele estava deitado no chão, onde caíra da rede, quebrando um braço. Havia diversas marcas roxas. Estas marcas espalhavam-se pela região do peito, braços e pelo resto do corpo, mas não no rosto. Não encontrou marcas de picadas em lugar nenhum.

O tenente Magela, encarregado da investigação criminal, tomou o depoimento de Barbosa e outras doze testemunhas, pessoas que ajudaram a vítima. Ele tem certeza da veracidade dos depoimentos. As marcas eram circulares e lisas como um equimose, variando de tamanho, com 2 a 8 centímetros.

A autópsia não foi feita, mas examinaram o corpo cuidadosamente. As marcas não se alteraram entre o momento da morte e à hora do enterro. Na falta de uma autópsia, Magela concordou não haver provas de que a luz do OVNI provocou os ferimentos fatais. Possivelmente Souza tenha morrido de ataque do coração, quando sentiu o facho de luz sobre si e entrou em pânico, caindo da rede. As marcas no corpo da vítima são similares às observadas em outros casos em que os atingidos sobreviveram. Dadas as provas, Barbosa não foi considerado suspeito de ter assassinado o companheiro.

Fonte: O Estado do Maranhão.

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