Esse é um dos maiores mistérios da humanidade. Será que estamos sozinhos nesse universo praticamente infinito? Será que somos uma anomalia da evolução? Ou será que somos apenas mais uma de muitas civilizações?
A resposta mais provável é que não estamos a sós, pois apenas em nossa galáxia, acredita-se que existam 1000 planetas capazes de sustentar a vida como conhecemos. Então, se existisse vida em apenas 1% desses planetas, teríamos 10 locais habitados em nossa vizinhança cósmica.
Cálculos de astrofísicos e matemáticos mostram que é enorme a probabilidade de existirem seres inteligentes universo afora, inclusive vivendo em nossa Via Láctea.
"Existem duas possibilidades: ou estamos sozinhos no universo ou não estamos. Ambas são igualmente aterrorizantes". Arthur C. Clarke
Recentemente, uma equipe internacional de astrônomos e astrofísicos apresentou provas convincentes de que nossa galáxia está cheia de planetas do tamanho de Júpiter, à deriva entre as estrelas. Sozinhos no vazio, independentes de qualquer sol, esses órfãos cósmicos parecem encher os céus.
Hoje, radiotelescópios varrem os céus procurando sinais de civilizações extraterrestres e o fazem com força inconcebível há algumas décadas. Estamos olhando e ouvindo muito mais longe no universo do que antes, buscando por uma resposta para a derradeira questão: seria a Terra o único planeta capaz de sustentar vida? E se sim, por que somente ela? Ou, ao contrário, como muitos cientistas agora acreditam, estaria o cosmos transbordando de vida?
O astrônomo Frank Drake, (a primeira pessoa a mandar uma mensagem para o espaço em uma tentativa de sinalizar nossa existência para eventuais extraterrestres), crê que haja cerca de 10 mil civilizações avançadas apenas em nossa galáxia, mas aponta que, dado ao número incerto de estrelas que ela contém, isso significaria que apenas uma em 10 milhões sustentaria mundos habitados.
O cosmólogo e best seller Paul Davies se referiu à falta de um sinal extraterrestre em resposta aos nossos como “um silêncio esquisito”. Sobre isso, Drake disse que, como nossa pesquisa apenas arranhou a superfície do universo, o silêncio não é apenas esquisito, mas previsível.
O astrofísico Takahiro Sumi comentou que poderia haver até 400 bilhões desses andarilhos solitários na Via Láctea. Mas uma vez, isso reacendeu a grande questão que todos esperam ser resolvida: estamos sozinhos no universo?
Como se não bastasse isso, a NASA, em seguida, anunciou que sua nave espacial Kepler, que está há três anos em uma missão para encontrar planetas do tamanho da Terra em torno de estrelas próximas, tinha encontrado muitos candidatos totalmente inesperados.
Dos 1.235 planetas suspeitos até agora, cerca de um terço estão em sistemas multiplanetários solares como o nosso. A julgar por essas descobertas, parece que os planetas são tão numerosos quanto grãos de areia.
Já encontramos um planeta praticamente idêntico à Terra em porte, orbitando outra estrela numa região que o torna capaz de abrigar água líquida — e vida — em sua superfície. O planeta orbita uma estrela chamada Kepler-186 e tem, segundo as estimativas, praticamente o mesmo diâmetro da Terra.
Vinte e cinco anos atrás, apenas nove planetas eram conhecidos, todos em nosso sistema solar. O resto só podíamos imaginar, alimentados por um rico acervo de ficção científica, para o qual o espaço exterior era uma fonte inesgotável de ideias.
E essa imaginação não é coisa nova. Os céus foram também objeto de questões mais fundamentais, levantadas pelos grandes pensadores da História. Epicuro, um filósofo grego antigo, se perguntou sobre a pluralidade de mundos como o nosso.
O frade dominicano Albertus Magnus, que estava profundamente interessado nas ciências físicas, ponderou se havia apenas um mundo, ou mais, declarando que “esta é uma das perguntas mais nobres e exaltadas no estudo da natureza”.
Cerca de 300 anos mais tarde, outro frade dominicano, Giordano Bruno, proclamou a sua crença de que havia inúmeros sóis, cada um tendo várias Terras; crença que, combinada com outras ideias consideradas heréticas no momento, o levou a ser queimado na fogueira em 1.600.
Mas a ideia persistiu. Escrevendo sobre a formação do sistema solar em 1.755, o filósofo alemão Immanuel Kant teorizou que outras estrelas possuíam sistemas solares como o nosso.
Com tudo isso, parece estranho que apenas em 1.995 um planeta fora do nosso sistema solar foi avistado. A descoberta, feita pelos astrônomos suíços Michel Mayor e Didier Queloz, foi confirmada logo depois por uma equipe independente dos Estados Unidos.
E encontrar “exoplanetas” (planeta extrassolares, que estão fora do nosso sistema solar) não é fácil. Planetas não emitem luz própria, apenas refletem a luz de suas estrelas. Dadas as distâncias interestelares envolvidas, até mesmo as estrelas mais próximas de nós não são muito visíveis, por isso é um desafio tecnológico identificá-los.
Mayor e Queloz enfrentaram o desafio através de um espectrógrafo em um observatório no sudeste da França. Eles observaram a oscilação rítmica de uma estrela como nosso sol, conhecida como 51 Pegasi, criada pela força gravitacional de um planeta em sua órbita.
Essa técnica tem sido usada desde então para encontrar muitos planetas, mas sua dependência da oscilação de uma estrela tende a encontrar apenas os planetas maiores que estão perto de sua estrela-mãe (como os do tamanho de Júpiter), que a maioria cientistas acham que não poderia suportar vida.
Existem maneiras de detectar planetas menores. A nave espacial Kepler foi especificamente projetada para varrer uma parte da Via Láctea e descobrir dezenas de planetas do tamanho da Terra perto da zona habitável, determinando quantas das bilhões de estrelas em nossa galáxia têm tais planetas.
Kepler monitora continuamente 145.000 estrelas na Via Láctea, a procura do breve escurecimento de luz que indicaria que um planeta está cruzando a frente de uma estrela.
A nova equipe internacional descobriu os planetas órfãos usando uma técnica ainda mais misteriosa – microlentes gravitacionais – para detectá-los. Com base na premissa de Einstein de que a gravidade dobra a luz, é possível ver objetos escuros no céu, medindo a luz que dobra das estrelas por trás deles.
Os astrofísicos, assim, viram 10 planetas andarilhos, do tamanho de Júpiter, e estima-se que pode haver um ou dois deles para cada uma das cerca de 200 bilhões de estrelas na Via Láctea.
Os astrofísicos, assim, viram 10 planetas andarilhos, do tamanho de Júpiter, e estima-se que pode haver um ou dois deles para cada uma das cerca de 200 bilhões de estrelas na Via Láctea.
E se planetas do tamanho de Júpiter, que são mais fáceis de detectar, existem aos bilhões, certamente deve haver muitos outros planetas do tamanho da Terra lá fora, girando em torno de suas estrelas a uma distância certa para sustentar a vida, não?
Não sabemos ainda. E descobertas científicas como essa levam tempo para serem digeridas pela população. A confirmação de que os planetas são abundantes é o ponto culminante de uma revolução científica que começou mais de quatro séculos atrás, com Copérnico, Galileu e Kepler, que fizeram nosso planeta perder seu lugar especial no centro do universo.
A cosmologia vigente antes de Copérnico – codificada pelo astrônomo Cláudio Ptolomeu no primeiro século d.C. que, apesar de absolutamente errada, foi aceita durante os próximos 1.500 anos – sustentava que o sol, a lua e os planetas (seis outros conhecidos) giravam em torno da Terra, sob um dossel de estrelas. Era um universo racional e bem organizado, no qual a Igreja Católica Romana podia apontar com autoridade o céu e o inferno.
Em seguida, Nicolau Copérnico, tímido polonês, apresentou um sistema alternativo, no qual o sol substituía a Terra no centro do universo. Em 1543, pouco antes de morrer, Copérnico finalmente teve coragem de publicar sua teoria, que inspirou Galileu Galilei e Johannes Kepler a prosseguir os estudos que se tornaram a astronomia moderna.
Numa época em que a ciência estava indissoluvelmente ligada à religião, a Igreja Católica não se rendeu e abandonou seu universo geocêntrico tão fácil. Galileu foi pego pela Inquisição, e mesmo tendo renegado suas ideias, passou seus últimos anos sob prisão domiciliar. Em 2.000, o Papa João Paulo II pediu desculpas formalmente pelo julgamento de Galileu.
Mas não havia volta. Algumas décadas depois, Isaac Newton confirmou as ideias de Kepler sobre o movimento planetário e descreveu as leis naturais que moldaram nossa visão do cosmos desde então.
Uma vez que a Terra tinha sido deslocada do centro do universo, foi uma questão de tempo antes do sol ser reduzido a uma estrela numa variedade em um braço espiral remoto da Via Láctea, e a Via Láctea a uma das cem bilhões de galáxias existentes, e, por fim, nosso planeta a um grão de poeira cósmica.
Confirmamos a crença de Giordno Bruno de que inúmeros sóis existem, e Terras inúmeras giram em torno deles. Porém, ainda não respondemos a “nobre e exaltada” questão de Magnus: existem outros mundos, ou apenas o nosso?
Devido a tudo que temos aprendido, isso continua a ser possível – mais possível do que nunca. Nesse momento, criaturas inteligentes, moldadas por uma confluência de eventos improváveis ou forças sobrenaturais, capazes de olhar para o céu, podem estar se perguntando: será que estamos sozinhos?
Você conhece a imensidão do universo?
De acordo com os astrônomos, podemos enxergar uma média de 4.000 estrelas no céu aberto, ao olho nu, durante uma noite “limpa”, sem nuvens. Já com uma luneta média, em um observatório astronômico, podemos trazer aproximadamente dois milhões de estrelas ao alcance de nossa visão, enquanto um moderno telescópio de espelho refletor pode nos mostrar até alguns bilhões de estrelas.
Mas comparando com as dimensões ilimitadas do cosmos, estes números são insignificantes. As estrelas se aglomeram em sistemas que são chamados de galáxias, elas podem ser comparadas a gigantes ilhas vagando pela imensidão do universo. As galáxias possuem um núcleo repleto de estrelas que vão se dissipando por braços espiralados como mostra a imagem acima. É exatamente no núcleo das galáxias onde se encontra a maior população estelar, cerca de 90% das estrelas da galáxia estão no núcleo.
O nosso sistema solar composto por Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, está localizado em um destes braços espirais, a cerca de 30 mil anos luz do núcleo da galáxia, a famosa Via Láctea, que é constituída por cerca de 200 bilhões de estrelas, prestem muita atenção nestes números, 200 bilhões já é algo inimaginável, uma ordem de grandeza colossal, e isto somente em nossa galáxia.
O tamanho da Via Láctea é de 100 mil anos luz, isto significa que nós demoraríamos 100 mil anos viajando na velocidade da luz (300.000 KM por segundo) para irmos de uma ponta a outra da nossa galáxia. Agora lembre-se de que você pode viver no máximo entre 90 a 100 anos de idade. Mesmo se você inventasse uma máquina e conseguisse visitar uma estrela por dia, somente para conhecer a nossa galáxia você precisaria de 200 bilhões de dias, ou viver por 654 milhões de anos.
Imagine só, se nós nem conseguimos entender tudo o que existe na terra durante toda uma vida, o que será então de um dia em cada planeta. Estes exemplos servem para nos dar uma ideia da grandiosidade do nosso universo.
Atualmente já estão catalogadas e fotografadas, cerca de 100 milhões de outras de galáxias espalhadas pelo universo, entre elas estão às galáxias gigantes que chegam a possuir cerca de três trilhões de estrelas.
Aqui neste ponto, as distâncias entre uma galáxia e outra já começam a superar aos 15 bilhões de anos luz, até se tornarem incomensuráveis.
Agora pense que todos estes dados foram adquiridos através de nossa humilde tecnologia e por nossos astrônomos e cientistas que nem saíram da terra direito. Os próprios cientistas dizem que não foram mapeados nem um milésimo da totalidade de nosso universo, e ele ainda parece estar crescendo e se expandindo. É algo extremamente absurdo.
O astrônomo Steven S. Vogt, declarou que em 10% a 20% das estrelas somente da Via Láctea, pode haver planetas habitáveis.
Além da famosa fórmula de Drake que nos trazem números fascinantes sobre possíveis civilizações que encontraremos em nosso universo. A Equação de Frank Drake é mais do que um cálculo de probabilidades sobre vida inteligente extraterrestre.
Mas não precisamos de cálculos ou fórmulas para tirarmos nossas próprias conclusões sobre a vida em outros planetas.
Agora que temos consciência da imensidão, da grandiosidade e da infinidade do cosmos (o que é um tanto difícil para nossa mente limitada e primitiva em relação à tamanha grandiosidade). Imaginamos que o planeta terra é poeira cósmica em relação a todo universo.
Considere isso: Você mora na periferia de uma cidade do interior. Em termos cósmicos, pelo menos. Sua casa é uma rocha cheia d’água que gira num cantinho da galáxia, bem longe do movimentado centro. O Sol, esse reator nuclear com diâmetro de 1,4 milhão de quilômetros, é só uma entre os 300 bilhões de estrelas da Via Láctea. Uma galáxia bem pacata, por sinal.
A verdadeira megalópole deste pedaço do Universo é Andrômeda, nossa galáxia vizinha, com 1 trilhão de sóis.
Não, não estamos nada sozinhos no Cosmos. Além de Andrômeda, há pelo menos outros 125 bilhões de galáxias no Universo visível. E, se respeitarmos a lógica, o que não falta em cada uma delas são planetas, muitos planetas.
Como disse o astrônomo Carl Sagan sobre a vida lá fora: “Deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então por que só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?”
A descoberta de que estamos no meio de um Universo tão vasto e rico é relativamente recente: começou na segunda metade do século 20. E as provas de que, sim, existem mesmo planetas em outras estrelas se trata de algo mais novo ainda.
Isso tudo deu uma guinada na ciência, a ponto de a exobiologia, que estuda a possibilidade de vida fora da Terra, ter subido de status.
“Quando cunharam o termo exobiologia, [nos anos 60] ele foi ridicularizado como uma ‘ciência sem objeto de estudo’.? Mas a maré científica mudou e hoje há um entusiasmo crescente em tentar achar vida em outros lugares do Universo”, diz a astrônoma Jill Tarter, da Universidade da Califórnia, no livro The Search for Life in the Universe, (“A Busca da Vida no Universo”), inédito em português.
Outros vão mais longe e apostam que não só a vida é inevitável lá fora, mas civilizações tão ou mais avançadas que a nossa também.
Como já disse o físico de Harvard Paul Horowitz: “Vida inteligente no Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável”.
Condições para a vida:
As apostas de que, sim, há muita vida lá fora começam com duas novas certezas. Primeiro, a de que não faltam planetas fora do sistema solar.
As apostas de que, sim, há muita vida lá fora começam com duas novas certezas. Primeiro, a de que não faltam planetas fora do sistema solar.
Essa definição só veio em 1995, quando astrônomos da Universidade de Genebra detectaram um planeta gigante feito de gás, como Júpiter, em volta de uma estrela parecida com o Sol, a 51 Pegasi.
De lá para cá a década de 90 teve uma média de 3,4 planetas extra-solares descobertos por ano. E agora, com instrumentos mais precisos, o ritmo explodiu.
A segunda certeza é ainda mais determinante: a de que dois ingredientes fundamentais para a vida, água e moléculas orgânicas, são comuns no Universo. Essas moléculas são fáceis de achar no espaço sideral – elas ajudam a formar as nuvens de gás e poeira que dão à luz qualquer estrela (e conseqüentemente qualquer planeta) no Universo.
Quanto ao H20, ele também é arroz-de- festa no Cosmos: a própria água que enche os oceanos da Terra chegou aqui na forma de bolas de gelo que caíram do céu (os cometas) durante a formação do sistema solar. E isso pode ter acontecido em qualquer outro ponto do Universo.
“Estamos tão, tão perto de encontrar vida em outros planetas que é só uma questão de continuar procurando. Parece que é só uma questão de tempo”, diz o astrônomo Marc Kuchner, do Laboratório de Exoplanetas da Nasa. Mas como Kuchner e seus colegas estão procurando?
Procurar por planetas com vida significa buscar por um que tenha água líquida. Isso pode ser egocentrismo de cientista terráqueo, achando que a vida em outros planetas tem que ser igual à daqui. Eles acreditam que é respeito pelas leis da química, que valem para o Universo inteiro.
Isso não quer dizer que ausência de água seja evidência de planeta morto. “A vida como conhecemos é feita de carbono. Mas eu facilmente acreditaria que um ser fosse formado por outro elemento básico, como silício, ou que tivesse amônia como solvente em vez de água. Tenho certeza de que a vida no Universo é bastante diversificada”, diz a astrobióloga mexicana Graciela Matrajt, da Universidade de Washington.
Mesmo assim, os cientistas preferem o certo ao duvidoso, e vão atrás de planetas parecidos com o nosso – relativamente pequenos e com uma temperatura amena, que deixe a água correr.
Só que achar planetas assim por aí é difícil, justamente por causa do tamanho. A própria Terra, em pessoa, seria invisível para os instrumentos que os astrônomos usam hoje.
Como desvendar as novas Terras
A Nasa lançou a missão Kepler, um telescópio em órbita que se dedicará exclusivamente a buscar planetas na nossa vizinhança galática. Ele tem duas grandes melhoras em relação ao Hubble. Primeiro, consegue observar mais estrelas em detalhes. Enquanto o telescópio veterano só tem foco para analisar uma de cada vez, o Kepler foi projetado para fazer isso com dezenas ao mesmo tempo. Segundo, fará imagens mais nítidas. Suas lentes ganharam uma espécie de máscara para filtrar o brilho das estrelas. Isso diminui as interferências de luz e permite detectar pelo menos algumas cores dos exoplanetas.
E isso pode dizer mais sobre eles do que parece. Cada elemento químico reflete a luz de um jeito diferente. É graças a isso que sabemos o que tem na atmosfera dos planetas mais distantes do sistema solar sem nunca termos pousado uma nave naquelas bandas.
Mas fazer isso com planetas a anos-luz de distância é outra coisa. O Hubble até fez aquela detecção de água e de moléculas orgânicas, mas só porque se tratavam de planetas gigantes. Agora, com o Kepler, o objetivo é desvendar a atmosfera dos exoplanetas menores.
Se encontrarmos bastante oxigênio em algum, por exemplo, teremos um bom indício de vida. Quem encheu a Terra de oxigênio, afinal, foram coisas bem vivas: as algas.
Só com o Kepler, esperam achar e analisar a atmosfera de pelo menos 50 planetas do tamanho da Terra em zonas habitáveis. E vem mais por aí: a Agência Espacial Européia (ESA) prepara 3 telescópios espaciais que trabalharão juntos para encontrar lugares habitáveis, com lançamento agendado para 2015. E a Nasa planeja o sucessor do Hubble, também para a próxima década. Ele será 4 vezes maior e 10 vezes mais preciso. A esperança é que, com ele, consigamos fotos detalhadas de planetas extra-solares.
Mas e aí? E se encontrarmos um planeta com uma atmosfera recheada de oxigênio, sinais de moléculas orgânicas, temperatura amena, oceanos e o escambau? Vamos mandar uma sonda espacial nos moldes dos jipinhos marcianos para ver se existem aliens mesmo no lugar?
Não é de surpreender, portanto, que, mesmo depois de mais de meio século de buscas, os pesquisadores envolvidos com a SETI (sigla inglesa para Busca por Inteligência Extraterrestre) não tenham encontrado ninguém até agora transmitindo de outras estrelas. Isso não significa que estejamos sozinhos no cosmos. Sugere apenas que encontrar outras civilizações é extraordinariamente difícil. Depende de sorte, tecnologia e muita, muita, muita paciência.
Ainda assim, não há dúvida de que informações obtidas pelos astrônomos caçadores de planetas ajudam a guiar e focar essa busca. No mínimo, elas produzem alvos preferenciais para a escuta — sistemas planetários como o Kepler-186, que possivelmente abrigam pelo menos alguma forma de vida. A busca continuará sendo algo como procurar uma agulha num palheiro. Mas pelo menos o tamanho do palheiro pode ser significativamente reduzido nos próximos anos.
Vida no sistema solar
Enviar sondas espaciais é o melhor jeito de entender o que acontece fora da Terra. Que o diga a nave Phoenix. Ela chegou a Marte, ainda está coletando e analisando informações do solo marciano e de cara confirmou que existe água em forma de gelo no pólo norte de lá.
Enviar sondas espaciais é o melhor jeito de entender o que acontece fora da Terra. Que o diga a nave Phoenix. Ela chegou a Marte, ainda está coletando e analisando informações do solo marciano e de cara confirmou que existe água em forma de gelo no pólo norte de lá.
A temperatura marciana é muito fria (chega a -140 °C), mas, se essas calotas fossem derretidas, seriam capazes de formar uma camada de 11 metros de profundidade no planeta inteiro, pelos cálculos da Nasa. Outra análise da Phoenix mostrou que o solo do planeta não é tão morto assim: nutrientes importantes para a vida, como magnésio, sódio e potássio, estão presentes nas amostras. É muito difícil haver vida lá? Hoje, é.
Mas ontem, nem tanto: fotos aéreas mostram erosões que, ao que tudo indica, são leitos secos de rios que corriam numa época em que o planeta era mais quente. A probabilidade de que Marte tenha tido água líquida é real. Por isso estamos longe de desistir de achar indícios de que já houve pelo menos micróbios lá – e, em última instância, de que a vida é comum em qualquer lugar que ofereça as condições.
Uma nave ainda mais equipada que a Phoenix pousará lá , enquanto a Agência Espacial Européia lançou o ExoMars, carrinho capaz de perfurar profundamente o solo em busca de vestígios orgânicos. Para fechar, tanto os europeus como a Nasa planejam missões tripuladas com humanos antes de 2040.
Outro alvo na busca pela vida é Europa, uma lua de Júpiter. Ela tem uma fina atmosfera com oxigênio e, ao que tudo indica, uma surpresa embaixo de sua camada de 200 quilômetros de gelo: água líquida. É que a forte gravidade de Júpiter pode ter feito o gelo mexer e remexer tanto que ele acabou esquentado, só pela fricção. E onde há água líquida, há chance de vida.
Para ver se tem mesmo, a Nasa planeja mandar uma sonda para a órbita de Europa na próxima década. E a Agência Espacial Russa (Roscosmos) vai mais longe: quer pousar uma nave (não tripulada) em Europa até 2020.
Tudo isso, porém, só dá para fazer porque Marte e a lua de Júpiter são logo ali. Se quisermos mandar uma sonda para algum planeta extra-solar, temos um problema. A estrela mais próxima daqui, Alpha Centauri, fica a 4,3 anos-luz da Terra. Isso significa que um raio de luz demora 4,3 anos para chegar lá. Não parece grande coisa, mas são 40 trilhões de quilômetros de distância.
A verdade, lá fora
Mesmo que seja infrutífera para sempre, a busca por vida e por inteligência extraterrestre não deixa de revelar alguma coisa. Se daqui a centenas de milhares de anos jogarmos a toalha, dizendo “Já vimos tudo. Acabou. Somos únicos na Via Láctea”, vamos saber que somos privilegiados por uma série de eventos fortuitos.
Mesmo que seja infrutífera para sempre, a busca por vida e por inteligência extraterrestre não deixa de revelar alguma coisa. Se daqui a centenas de milhares de anos jogarmos a toalha, dizendo “Já vimos tudo. Acabou. Somos únicos na Via Láctea”, vamos saber que somos privilegiados por uma série de eventos fortuitos.
Primeiro, o Sol mantém basicamente a mesma luminosidade há 4,5 bilhões de anos, algo raro; vivemos em uma vizinhança tranquila da nossa galáxia, sem estrelas explodindo o tempo todo, como acontece em outras áreas; temos um planeta grande como Júpiter por perto para atrair cometas e meteoros que, de outra forma, bateriam aqui o tempo todo... Seria sorte demais?
“Na verdade a absoluta falta de certeza sobre o que vamos encontrar em outros planetas é o que faz a procura especialmente interessante”, diz Yvan Dutil, que tem uma citação favorita para explicar o seu interesse. “Cristóvão Colombo viajou para o Novo Mundo disposto a achar especiarias, ouro e diamantes. Voltou com batata, tomate e milho. E isso é 50% de nossa alimentação hoje. O que nos impactou não foi o que procurávamos”, dizia o ex-diretor da Nasa Daniel Goldin sobre por que gastar dinheiro procurando vida extraterrestre. A verdade, seja ela qual for, está lá fora.
As Declarações de Paul Hellyer
De tempos em tempos, uma nova autoridade junta-se a um corpo de mais de 600 pessoas que, em posições-chave em governos de vários países, já manifestaram aberta e publicamente sua convicção de que o Fenômeno UFO e as evidencias de vida inteligente fora de nosso planeta, devem ser pesquisados oficialmente e os resultados de tal pesquisa, comunicados à humanidade.
Em novembro de 2005 foi a vez do respeitado político canadense Paul Hellyer somar-se a esse crescente grupo. Hellyer tem uma carreira de respeito e sua nova posição agrega credibilidade à Ufologia e a teoria de que não estamos sós. Serviu como ministro da Defesa do Canadá entre 1963 e 1967, na gestão do então primeiro-ministro Lester Pearson, e foi vice-primeiro-ministro de Pierre Trudeau. Portanto, sabe bem o que fala.
Segundo declarações do ex-ministro da defesa do Canadá - Paul Hellyer, os seres extraterrestres visitam a Terra há muitos anos e poderiam ter contribuído conosco no que diz respeito à tecnologia.
No entanto, eles teriam desistido quando viram a bomba atômica e decidiram que nós éramos uma ameaça. os alienígenas consideram as armas nucleares presentes na Terra uma verdadeira ameaça para o cosmos.
Durante uma controversa entrevista à televisão russa, o ex-funcionário do governo canadense disse que o número de extraterrestres na Terra aumentou significativamente nas últimas décadas por causa da invenção da bomba nuclear.
“Eles temem muito que possamos ser estúpidos o suficiente para voltar a usar armas nucleares, e isso causaria um grande dano, tanto para nós quanto para eles”, afirmou Hellyer.
"Nós gastamos muito tempo lutando entre nós mesmos, temos muitos gastos militares e não fazemos o suficiente para alimentar os pobres e cuidar dos desabrigados e doentes", disse ele.
"Estamos derrubando florestas e poluindo nossos rios e nossos lagos. Estamos despejando esgoto nos oceanos. Estamos fazendo todos os tipos de coisas que não deveríamos como administradores e eles (aliens) não gostam disso".
O ex-político assegurou que os alienígenas nos visitam há milhares de anos, e é cada vez maior o número de pessoas que denunciam o fato, mas os governos preferem ocultar esse tipo de informação.
Hellyer uniu forças com três organizações ufológicas não-governamentais para pedir ao Parlamento canadense que realizasse debates públicos sobre UFOs e civilizações alienígenas.
Hellyer falou, em pronunciamento, que era hora de dar ouvidos aos adeptos da exopolítica, uma área que pratica um misto entre Ufologia e política, definida por seus defensores como “o estudo, planejamento e diplomacia nas relações com seres extraterrestres”.
Para Hellyer, não restam dúvidas de que civilizações alienígenas mais avançadas tecnológica e eticamente estão visitando a Terra.
Espécies dos visitantes
As declarações polêmicas do ex-ministro canadense não param por aí. De acordo com a entrevista que concedeu ao programa Russia Today, Hellyer disse que existem quatro espécies diferentes de alienígenas que visitam o nosso mundo desde os tempos mais remotos — e ele afirma que tem provas, mas não esclareceu quais.
As declarações polêmicas do ex-ministro canadense não param por aí. De acordo com a entrevista que concedeu ao programa Russia Today, Hellyer disse que existem quatro espécies diferentes de alienígenas que visitam o nosso mundo desde os tempos mais remotos — e ele afirma que tem provas, mas não esclareceu quais.
O ex-ministro sugeriu que, assim como Edward Snowden revelou informações sigilosas sobre a segurança dos EUA, existem outros profissionais desse tipo que já revelaram o conhecimento do governo sobre as visitas alienígenas. Ele insiste que há muitas evidências de que eles existam, mas admitiu que só avistou um OVNI na sua vida, dizendo que se parece com uma estrela.
Hellyer afirmou ainda que costumava acreditar que havia entre 2 e 12 espécies diferentes de alienígenas. Agora, ele diz que recebeu relatos de que pode haver até 80, declarando que algumas são muito parecidas com os humanos e outras parecem as versões vistas em desenhos animados.
Em dezembro de 2012 o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, revelou que o país não só tem conhecimento da existência de extraterrestres, mas também está ciente de sua presença aqui na Terra.
Em dezembro de 2012 o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, revelou que o país não só tem conhecimento da existência de extraterrestres, mas também está ciente de sua presença aqui na Terra.
Comentários de Medvedev foram feitos numa entrevista para cinco estações de TV russas. De acordo com o Telegraph, Medvedev “baixou a guarda”, após a entrevista, quando ele pensou que as câmeras não estavam mais gravando.
O Telegraph informa que um dos jornalistas perguntou a respeito de arquivos secretos sobre alienígenas, e Medvedev respondeu: "Juntamente com a maleta com os códigos de lançamento de armas nucleares, o presidente deste país recebe uma pasta especial marcada como ultra-secreta. A íntegra deste arquivo contém informações sobre alienígenas que visitaram nosso planeta".
Um pouco em tom de sátira, um pouco sério, Medvedev prosseguiu: "Ao mesmo tempo, recebemos um relatório do serviço secreto que controla a presença de aliens no território de nosso país.
Medvedev foi presidente da Rússia de 2008-2012, então ele provavelmente sabe do que está falando.
Confirmações de Karen Hudes
Muitos conhecem a típica teoria conspiratória em torno do domínio extraterrestre sobre nosso planeta, mas quando esta ideia parte de uma pessoa prestigiada, que já ocupou um cargo de importância mundial, é de se esperar uma considerável repercussão. E foi justamente isso o que aconteceu após uma recente entrevista com Karen Hudes.
Depois do ex-ministro da Defesa do Canadá, Paul Hellyer, se manifestar sobre o assunto, e também do primeiro-ministro da Rússia Medvedev, agora foi a vez de Karen Hudes, ex-executiva do Banco Mundial, afirmar que extraterrestres comandam a economia mundial e o Vaticano. Segundo ela, seres com cabeça alongada e inteligência excepcional são os responsáveis pelo controle.
“Criaturas não humanas, de cabeça alongada e com QI 150, controlam o Vaticano e os bancos do de todo o mundo”, respondeu Hudes, sem hesitar, diante da pergunta do seu interlocutor sobre quem estaria controlando o mundo." Afirmou ela em entrevista que pode ser vista no YouTube
De acordo com sua declaração, esses seres estão no poder há muito tempo. “Não são da raça humana. Eles se chamam Homo Capensis. Estiveram na Terra, ao lado da humanidade, antes da Idade do Gelo”, disse a ex-executiva, calmamente. Para fundamentar sua ideia, ela citou o caso de alguns objetos encontrados com faraós egípcios, usados em suas cabeças, e os enigmáticos crânios peruanos.
O currículo de Hudes inclui um bacharelado em Direito pela Universidade de Yale e economia pela Universidade de Amsterdã. Ela trabalhou no Export-Import Bank dos Estados Unidos e, depois, no Departamento Jurídico do Banco Mundial, onde virou uma assessora de alto escalão.
Embora suas palavras soem absurdas para muitos, o fato é que elas fazem eco com o que defende o ex-ministro da Defesa do Canadá, Paul Hellyer, que afirmou, no ano passado, durante um congresso ufológico, que existem alienígenas trabalhando no governo norte-americano.
Teoria da Terra Rara
Enquanto alguns defendem projetos e pesquisas em busca de vida fora do nosso planeta, alguns cientistas sustentam que, definitivamente e sem discussão, estamos sozinhos no Universo.
Eles são conhecidos como defensores da Teoria da Terra Rara, formulada por Peter Ward e Donald Brownlee, que afirma que a vida só é possível no nosso planeta como resultado de uma soma impressionante de casualidades, criando um fenômeno único que não pode ser repetido.
Entre os elementos desta grande conjunção perfeita de eventos estariam a temperatura do planeta, a atmosfera, a existência de água, o campo magnético que desvia a radiação solar, a camada de ozônio, a defesa de Júpiter (um “escudo” contra meteoros) e a força gravitacional exercida pela Lua (que estabiliza os períodos climáticos), além de outros fatores.
Eles afirmam que a Terra é um planeta rochoso, em um sistema planetário, em uma típica galáxia espiral. Assim, por ser uma estrutura considerada “típica”, poderia ser repetida e é provável que o Universo tenha vida complexa em algum lugar.
A teoria da Terra Rara seria uma resposta para o paradoxo de Fermi, que estabelece justamente a contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de vida extraterrestres e, ao mesmo tempo, a falta de evidências disso.
Assim, o Universo é tão vasto que, se existissem muitos planetas com vida completa como a Terra, eles estariam milhares de anos luz. Desta maneira, tais evidências jamais seriam encontradas pela completa impossibilidade de comunicação, o que cairia no paradoxo de Fermi, que, no final de tudo leva à seguinte pergunta: “Se seres extraterrestres são comuns, por que não os vemos ou detectamos?”
Essa pergunta é uma retorica, uma vez que milhares e milhares de pessoas já presenciaram fenômenos UFOS, além dos casos registrados de abduções.
Diversos relatos de avistamentos nos fazem crer que, com certeza, existe vida inteligente em algum lugar do universo, pois sua não existência seria quase uma impossibilidade matemática.
A nossa concepção de Deus e universo está completamente baseada em estruturas primitivas, criadas por homens do passado que nem sabiam que a terra era redonda.
Mas a pergunta principal é: Por que acreditamos que a vida é "apenas" o que conhecemos aqui, em nosso planeta? Por que os cientistas alegam como impossibilidade as distancias, apenas baseados em nossa tecnologia? Não seria muita arrogância acreditar que nós detemos "todos" os conhecimentos para as viagens interplanetárias?
A vida como a conhecemos, não poderia ser apenas UMA, entre várias possibilidade de vidas??
Nossa atual tecnologia, não poderia ser apenas UMA, entre várias possibilidades tecnológicas??
Nossa atual tecnologia, não poderia ser apenas UMA, entre várias possibilidades tecnológicas??
Será que estamos sozinhos no universo?
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