Todo mundo já ouviu falar em OVNI. Não raro, a sigla é associada a discos voadores e seres extraterrestres. Na verdade, OVNI quer dizer objeto voador não identificado e pode ser qualquer aeronave, míssel ou algo que corte o céu e não consiga ser identificado de imediato. Tudo bem: isso inclui naves espaciais. Mas com tantas coisas diferentes cruzando o infinito será que é possível identificar um disco voador a olho nu? Parece que sim, mas não é nada fácil.
Eles aparecem solitários ou em grupos. Possuem formatos diversos, tamanhos variados e velocidade que não se pode prever. São silenciosos. "Os tipos mais comuns que nos são relatados possuem luzes ou objetos metálicos. Geralmente os relatos dizem que não produzem nenhum som", esclarece Rodrigo Hortenciano, membro do Centro de Ufologia Brasileiro (CUB Brasil).
De acordo com Marcelo Zammarian, pesquisador de Campo do CUB Brasil, conhecer o céu é o primeiro passo para saber se o que está sendo avistado é ou não um OVNI autêntico. "A seriedade na proposta de se identificar objetos no céu começa necessariamente no interesse pelo comportamento dos astros, no conhecimento dos diversos objetos artificiais que existem em órbita, e segue até as sutilezas de comportamento dos muitos tipos de veículos aéreos já fabricados pelo ser humano".
É muito comum, por exemplo, as pessoas confundirem um satélite com um OVNI. "Os satélites são manifestações luminosas celestes bastante interessantes de se observar e importantes de reconhecer sem erro, porque se parecem muito com os OVNIS que normalmente são identificados em momentos especiais". Ficou confuso? Marcelo explica um pouco mais. "Existem vários tipos de satélites artificiais trabalhando em diversas alturas diferentes. A faixa de influência mais forte da atmosfera do nosso planeta termina numa altitude de cerca de 100 quilômetros. E a partir daí, um objeto pode entrar em órbita desde que tenha velocidade suficiente para isso. É importante lembrar que os satélites são cada vez mais utilizados para os mais diversos fins: desde espionagem militar e análise meteorológica, até comunicações e estudos científicos diversos. Existem satélites que funcionam em alturas que vão desde algumas centenas de quilômetros até dezenas de milhares de quilômetros", ressalta.
Alguns satélites podem ser vistos a olho nu. De acordo com os especialistas, os melhores períodos para vê-los são as duas horas que sucedem o pôr do sol e as duas horas que antecedem o seu nascer. A razão disso é que para tornarem-se visíveis, os satélites, que não têm luz própria, devem estar iluminados pela luz solar, enquanto o observador na terra deve ter o céu escuro. É bom ressaltar que satélites não descrevem movimentos irregulares ou bruscos na sua trajetória.
Então, o que fazer para diferenciar satélites e outros fenômenos celestes de OVNIS? A resposta se resume em duas palavras na opinião de Marcelo: prática e estudo. "A primeira coisa importante é saber, entre os pontinhos brilhantes do firmamento, o que já está lá naturalmente ou não. Em outras palavras: saber onde estão as principais estrelas, constelações e planetas", explica. O pesquisador diz que isso não é difícil e, ao longo do caminho, essa habilidade se transforma numa ferramenta valiosíssima. "As estrelas servem como referências claras para podermos localizar outros objetos no céu. A melhor maneira de se aprender isso é fazendo um curso no planetário da sua cidade. Outra possibilidade é consultar livros ou sites especializados", aconselha Marcelo.
Depois de bastante estudo e de posse dos horários de passagem dos principais satélites na sua região, observe o céu. Lógico que essa observação não é garantia de que você vá ver alguma coisa, mas vale tentar. "Existem muitos tipos de satélites e uma enorme quantidade não declarada deles, sem falar no lixo espacial. Mas, uma vez que você aprenda como eles se parecem, observando alguns bem conhecidos, não será difícil identificar os outros", analisa o especialista.
Depois de bastante estudo e de posse dos horários de passagem dos principais satélites na sua região, observe o céu. Lógico que essa observação não é garantia de que você vá ver alguma coisa, mas vale tentar. "Existem muitos tipos de satélites e uma enorme quantidade não declarada deles, sem falar no lixo espacial. Mas, uma vez que você aprenda como eles se parecem, observando alguns bem conhecidos, não será difícil identificar os outros", analisa o especialista.
Para confundir ainda mais a cabeça (e os olhos) dos observadores, ainda há uma infinidades de coisas fabricadas pelo homem e que voam sobre as nossas cabeças. Por isso, é muito difícil distinguir um objeto voador de outro. Atualmente há muitos aviões voando a altitudes bem grandes, o que os faz se parecerem com satélites / OVNIS e os torna também alvo preferencial de confusão do observador. "Mais um motivo para aprender a identificar com clareza o céu e os seus elementos antes de poder afirmar que viu um OVNI", destaca Marcelo.
Vamos, então, usar a observação minuciosa dos objetos no céu como ponto de extrema importância. Depois de muito estudo e determinação, você pode estar vendo um OVNI se:
- Mudar de velocidade em frações de segundos;
- Emitir luzes fortíssimas em avistamentos noturnos, de vermelho incandescente à brancas-esverdeadas, tonalidades e intensidades não condizentes com naves terrestres;
- Tiver quedas de altitude totalmente aleatórias e mudanças de altitudes verticais sem deslocamento horizontal;
- Fizer manobras bruscas, com paradas no ar e marchas à ré extremamente rápidas nessas alterações de cursos.
- Emitir luzes fortíssimas em avistamentos noturnos, de vermelho incandescente à brancas-esverdeadas, tonalidades e intensidades não condizentes com naves terrestres;
- Tiver quedas de altitude totalmente aleatórias e mudanças de altitudes verticais sem deslocamento horizontal;
- Fizer manobras bruscas, com paradas no ar e marchas à ré extremamente rápidas nessas alterações de cursos.
Além dos satélites e aeronaves, diversos outros fenômenos podem ser mal interpretados e, com isso, serem alçados, indevidamente, à categoria dos autênticos "não identificados". "Balões, Estrela Dalva (Vênus), fotografar um pássaro ou inseto sem querer e relatar que não observou o objeto no momento da foto podem gerar a confusão. O mesmo ocorre com fotos de reflexos (lens flare) de luzes na lente próximas da cena", explica Rodrigo. Então, fique esperto! Segundo o Grupo de Estudo dos Ovnis, os principais motivos para o engano são:
Planetas
O posicionamento dos planetas em determinados períodos também pode favorecer à confusão. Vênus e Júpiter são os mais brilhantes da Via Láctea e podem ser confundidos com OVNIs principalmente quando nascem à leste, ou se põem, à oeste. Marte e Saturno, embora estes sejam menos brilhantes, também causam certa confusão.
Cometas
A radiação solar provoca evaporação e faz poeira e gases esguicharem de dentro do núcleo, formando a cabeça do cometa e a cauda. às vezes, alguns cometas chegam a ficar tão brilhantes que podem ser vistos em plena luz do dia.
Nuvens Lenticulares
Em algumas zonas próximas a cadeias montanhosas, apesar de não ser muito frequente, acontecem formações de nuvens muito densas e de perfis concretos, em forma de um ou vários discos superpostos que podem ser confundidas, por um observador pouco acostumado, com autênticos OVNIS. Esse tipo de nuvem, que recebeu o nome de lenticular devido a sua forma peculiar.
Meteoros ou meteoritos
Os meteoros ou meteoritos se desintegram e produzem um rastro luminoso visível ao passarem pelas camadas de ar. Alguns podem cruzar o céu durante mais de um minuto e, inclusive, ser vistos em plena luz do dia.
Balões Meteorológicos ou não
Objeto certo de confusão é o balão. Principalmente os de prospecção atmosférica e do espaço, de formas e tamanhos diferentes, que já foram tomados por verdadeiros OVNIS em diversas ocasiões.
Fogo Fátuo
Outro alvo de enganos, o fogo fátuo é um gás especial que emana de substâncias vegetais e animais em estado de decomposição, chamado "hidrogênio fosforado gasoso". Esse fenômeno ocorre muito em cemitérios e pântanos. É um gás que contém fósforo e hidrogênio, por isso queima com extrema facilidade, de forma lenta e com movimentos de acordo com a intensidade do vento.
Raios Bola
Os raios em forma de bola podem produzir efeitos muito surpreendentes. Apesar de ser uma descarga luminosa ainda desconhecida, uma teoria afirma que o fenômeno consiste em que um plasma circular se desprende de uma nuvem, chega até o chão e se desvanece no seu transcurso. Possui certa estabilidade, durando até vários minutos. Tem um tamanho de poucos centímetros, mas, com exceções, da ordem de até um metro. Embora se forme em tempo de tempestade, em outras ocasiões pode acontecer com tempo bom. Uma cor muito repetida é o vermelho-alaranjado. Sua velocidade já chegou a ser de até 100 km/h e sua dinâmica é indiferente à direção do vento ou à gravidade.
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