Nos últimos 300 anos, houveram muitos relatos de globos luminosos aparecendo antes de terremotos e, devido ao aspecto fantástico que as testemunhas davam aos mesmos, os cientistas não tinham muita convicção de que se tratava de um fenômeno real.
Entretanto, estes globos de luz e relâmpagos foram de fato registrados, tanto em fotos quanto em filmes, o que deu aos pesquisadores elementos para estudar. A primeira coisa que notaram foi que nem todos os terremotos eram precedidos de relâmpagos, e nem todos os relâmpagos eram sinal de terremotos a caminho.
Tentando entender a relação entre uma coisa e outra, cientistas levantaram torres na Turquia em uma região em que os terremotos são comuns, e colocaram voltímetros nestas torres.
O que descobriram foi que os relâmpagos e mudanças no campo elétrico geralmente precediam terremotos de magnitude 5 ou maior, mas nem todos os sinais voltaicos eram os mesmos – algumas vezes eram maiores que outras.
Supondo que talvez o movimento do solo fosse causador dos relâmpagos, os cientistas bolaram o experimento com farinha. Além da farinha, outros pós foram usados, com os mesmos resultados.
Supondo que talvez o movimento do solo fosse causador dos relâmpagos, os cientistas bolaram o experimento com farinha. Além da farinha, outros pós foram usados, com os mesmos resultados.
Esta experiência é interessante e, por enquanto, não tem uma explicação científica: coloque farinha em um pote de plástico, e movimente-o de forma a formar uma rachadura no meio da farinha. Cada vez que ela se abre ou fecha, uma tensão que pode chegar até a 200 volts surge, e ninguém sabe explicar como isto acontece.
Como os cientistas acabaram brincando com farinha e potes de plástico, e chegaram a um fenômeno inexplicável? Na verdade, eles estavam tentando explicar outro fenômeno que ganhou reconhecimento científico e também está pedindo por uma explicação: os relâmpagos e esferas luminosas que aparecem antes de terremotos.
“Nossa primeira suspeita foi que tínhamos feito algo errado. Tem que ter alguma coisa estúpida que estamos fazendo”, disse o professor Troy Shinbrot, da Universidade Rutgers, em Nova Jérsei, EUA.
“Nossa primeira suspeita foi que tínhamos feito algo errado. Tem que ter alguma coisa estúpida que estamos fazendo”, disse o professor Troy Shinbrot, da Universidade Rutgers, em Nova Jérsei, EUA.
“Nós pegamos um pote plástico cheio de farinha, inclinamos para lá e para cá até aparecer as rachaduras, e elas produziram 200 volts de carga. Não há um mecanismo que eu saiba que possa explicar isso. Parece ser uma nova física”, continua.
E, embora não se consiga retirar energia destes potes de farinha, pode ser que este estranho fenômeno leve a um mecanismo de detecção precoce de terremotos. [Popular Science, BBC]
Nenhum comentário:
Postar um comentário