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UFOLÓGICO / ASTRONÔMICO/ CIENTÍFICO

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Filosofia e Ufologia

"O eterno silêncio desses espaços infinitos me amedronta" (PASCAL)



O debate acerca da existência de vida em outros planetas é quase tão antiga quanto a própria História da Filosofia.
Desde os sistemas atomistas da Grécia antiga, que pregavam a atualização de toda combinação possível de átomos e, consequentemente, a existência de outros seres conscientes, passando por alguns teólogos da idade média como Nicolau de Cusa, que afirmava sua 'De doctaignorantia': "a vida, como existem aqui na terra na forma do homem, animais e plantas, pode ser achada em uma forma mais elevada nas regiões solares e estrelares", e em seguida na filosofia moderna, com Rene Descartes, Isaac Newton e Immanuel Kant.
Descartes foi o primeiro a especular a respeito da existência de outros planetas na filosofia moderna. Mas sua contribuição mais fundamental foi a idéia de que o Universo é infinito e que, assim como o Sol é o centro do nosso sistema planetário, possivelmente existem outros sistemas - vórtices nas palavras da Cosmologia cartesiano - para cada uma das infinitas estrelas existentes. Entretanto, Descartes era cético sobre a existência ou não de planetas ou mesmo habitantes orbitando estes vórtices.
Foi apenas com o desenvolvimento da gravitação newtoniana que a crença de que era possível e provável a existência de mais mundos habitados como o nosso se tornou mais plausível aos olhos da modernidade. Longos desenvolvimentos e debates levaram à substituição do ceticismo - que até então dominava os autores posteriores a Descartes - pela crença de que, analogamente ao nosso planeta, muito provavelmente existiam outros mundos habitados. O maior representante dessa crença, sem dúvidas foi Kant. A sua reflexão pioneira a respeito era baseada num estudo - em grande parte, especulativo - da Via Láctea, de sua composição e origem, no qual antecipou alguns aspectos da Cosmologia atual: "O trabalho de Immanuel Kant ligou a existência de habitantes [em outros mundos] à nova ordem natural e muito mais. Com uma cosmogonia na qual a matéria evolui de uma forma primitiva em massas e sistemas ainda maiores e aonde esses mundos e sistemas iriam um dia perecer, o animado e o inanimado sofriam juntos um destino similar..."
A Evolução das idéias sobre a questão coloca cada vez mais o planeta Terra em posição pouco especial e, portanto, sujeita a parecer como qualquer outro planeta em que a vida tende a evoluir e perecer: "... mundos e sistemas perecem e são engolidos nos abismos da eternidade...".
A questão de se estamos ou não sozinho no Universo tem uma profunda relevância atualmente de sermos destruídos por algum cataclismo - seja ele natural ou antrópico.
E isto veremos com o segundo artigo: "O paradoxo de fermi". Aguarde!

Fonte: Portal cinético e vida.

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