A conclusão de primeira magnitude que se deduz de estudos similares, é que 90 por cento das informações recebidas tem uma explicação convencional. Só um resíduo do 10 por cento dos casos deve tocar-se como constitutivo real do fenômeno OVNI. Esta é a premissa que o interessado, aficionado ou investigador do fenômeno OVNI tem que considerar em todo momento: por definição, nove de cada dez casos que se tome conhecimento através dos meios de comunicação, informação directa, etc.
Numa primeira fase seja ceptico ! Não aceite nada como verdade, nenhum relato inquestionavel.
Deverá recolhar as informações e com calma ir eliminado as hipoteses comparando com fenomenos conhecidos.
Não esqueçamos que se tentarmos converter a Ovnilogia numa disciplina, na Ciência não se admite a fé, senão o peso da evidência.
Mas para isso deve ser consciente da existência de inumeráveis estímulos visuais que podem confundir e enganar a um espectador casual da abóbada celeste.
Pode-se dizer que a natureza e a tecnologia aliam-se diariamente para proporcionar incontáveis fontes de mistificação e erros a estímulos de todas as categorias: meteorológicos, astronômicos, biológicos e psicológicos; alguns deles ainda seguem propiciando avistamentos OVNIS.
A nossa pretensão neste ponto é documentar ao leitor sobre os objectos, fenômenos e processos que dão lugar a observações de supostos OVNIs, sem que realmente exista uma base objetiva para isso.
FENÔMENOS CURIOSOS DA NATUREZA
Classifiquemos o amplo espectro das explicações potenciais das informações OVNI em duas grandes categorias: os fenômenos naturais e os artificiais.
O grupo dos fenômenos naturais, por sua vez, pode dividir-se em vários subconjuntos de causas motrizes de equivocações, atendendo a sua natureza comum.
vejamos alguns fatos: Os corpos astronômicos são culpáveis em grande medida das confusões com supostos OVNIS. O homem da rua, geralmente, é um leigo no tema dos objetos celestes e não está habituado a observar, por exemplo, planetas na época da sua máxima aproximação com relação à Terra, quando desprendem um brilho notável, ou pode ser surpreendido por uma luz de uma estrela durante uma noite de verão em que a atmosfera está muito transparente. Por outro lado, a luz das estrelas pode refratar-se devido à instabilidade atmosférica e aparecer como uma seqüência de cores em vermelho, o branco e o azul são as mais comuns.
Os principais causadores de observações de OVNIs ( Discos Voadores)
Aviões publicitários - 19%
Satélites - 2%
Meteoritos - 12%
Reatores - 27%
Estrelas e Planetas - 28%
Balões-sonda - 2%
Outros - 10%
Às vezes, estrelas e planetas parecem saltar, mudar de posição e fazer outras mudanças curiosas. Isto se deve a vários mecanismos, como a autocinese, que é o movimento aparente de pontos luminosos vistos sem uma referência em situalos, especialmente quando se encontram bastante altos sobre o horizonte.
A razão encontra-se nos movimentos involuntários do olho humano. Próximo do horizonte a refracção das diferentes longitudes de onda da luz tem lugar em ângulos diferentes, fazendo com que a fonte da luz indubitavelmente estática - dê a sensação de mudar de direcção .
Finalmente, a atmosfera pode distorcionar a luz de uma estrela até dar-lhe a aparência de um corpo de maior tamanho e forma peculiar. Entre os objetos planetários que mais podem ser confundidos com OVNIS reais, Vênus sobressai de forma extraordinária. Efetivamente, a "estrela da manhã" é o planeta que mais contribui para criar falsas interpretações. E, apesar de tudo, alguns escritores sem muito conhecimento das montagens que a natureza pode formar sobre a percepção humana, colocaram na tela de juízo diversas explicações que, baseadas na observação do planeta Vênus em determinadas condições atmosféricas e períodos do ano, foram adiantadas para alguns casos OVNIs aparentemente espetaculares.
Estes escritores colocaram literariamente o grito no céu quando as testemunhas dos avistamentos em questão eram aviadores, pessoas de bases aéreas, radialistas, etc. O argumento levantado normalmente é que estas são testemunhas qualificadas, que receberam instruções técnicas sobre os diferentes fenômenos que aparecem no céu e que, por isso, não podem acreditar nos erros vulgares de apreciação como os observadores profanos.
OUTROS FALSOS OVNIS, OS SATÉLITES ARTIFICIAIS
Os satélites artificiais também devem entrar neste catálogo. Embora pareçam com um ponto de luz pequeno que se mexe em trajectória contínua de horizonte a horizonte, lentamente (normalmente o tempo de cruzamento é de dois a quatro minutos, mas os satélites de órbita mais afastada podem fazê-lo até em vinte minutos), a velocidade uniforme, em direcção leste (embora haja alguns retrógrados, que viajam em direção oeste), acontece que tão familiares constantes ficam alteradas pelas mesmas razões que afetavam a observação planetária e estelar: falta de nitidez na atmosfera, autocinese, inversão térmica, etc.
O lançamento de mísseis, de terra ou de submarinos em imersão em pleno oceano, as grandiosas e visíveis nuvens artificiais de sódio ou bário que se formam no espaço para o estudo da alta atmosfera e que tomam formas caprichosas e um longo etecétera culminaria esta relação do que poderíamos denominar estímulos equívocos na fenomenologia OVNI. A era da fotografia trouxe um aumento considerável dos falsos OVNIS, já que os defeitos de revelação, os reflexos no sistema de lentes das máquinas e as montagens contribuíram para uma inacreditável quantidade de documentos ÓVNI, que após a análise dos peritos, os quais se vêem obrigados a dedicar um tempo precioso a isso em vez de concentrar-se nas observações fidedignas, resultam explicáveis.
A IMPORTÂNCIA DAS CONTRADIÇÕES
Todas estas síndromes têm uma incidência definitiva, em maior ou menor medida; na casuística OVNI mostram as dificuldades de todo tipo que rodeiam a tarefa do pesquisador. Ao nos enfrentar com um problema tão complicado como este, achamos que a contundência dos meios de resposta do estudioso deve ir paralela a esta complexidade. A Ovnilogia tem uma importante incidência o problema da testemunha contraditória, tão familiar para os juristas, isto é, as diversas apreciações e interpretações de uma mesma realidade objectiva por parte de testemunhas diferentes. A visualização de um mesmo objecto material de aparência estranha no ar, sobre o qual não há a menor dúvida razoável com relação à sua existência, muitas vezes apresenta diferenças nas descrições do mesmo, que se oferecem no transcurso das entrevistas aos observadores.
Queremos afrontar uma dificuldade adicional que os investigadores constatam: a certeza de que há pessoas que não só confundem os objectos voadores que observam, senão que lhes atribuem caracteres imaginários, sobretudo se lhe atribuem uma característica casual. Daí os encantamentos, as autofabulações e certo tipo de erros de observação. No que se refere a possíveis estímulos OVNI este problema se torna mais evidente, já que, ante o aparecimento de um suposto OVNI, as testemunhas saem da premissa da simples contemplação de um corpo que aparentemente resulta-lhes inexplicáveis à suposição de que este identifica-se com um veículo interplanetário, a imaginação dos perceptores enfeita freqüentemente a sua visão, embora normalmente sem ânimo de elaborar alguma mistificação, movidos por um afã interior de ter ante seus olhos a prova incontestável da presença extraterrestre.
A FALSIFICAÇÃO DOS OVNIS
Dado o processo automático de revelação de fotografias, é muito freqüente o aparecimento de falhas químicas que se manifestam em forma de manchas escuras ou brilhantes e inclusive de formas complexas. A incidência de raios de luz furtivamente nas lentes da câmara gera imagens que carecem de conteúdo real, mas surgem como elementos físicos nas fotografias. A maior parte de tais reflexos tem forma de uma elipse e a prolongação imaginária do seu eixo menor coincide com a fonte de iluminação que criou o reflexo em questão.
As motivações para fazer montagens são muito variadas ; fãs de publicidade e fama, dinheiro que podem obter facilmente vendendo as fotos a agências de imprensa, jogos inocentes, desejo de "provar" que os OVNIs existem, tratar-se de respaldar uma observação ou um "contato", etc. Por tudo isso se pode dizer que por uma razão ou outra, uma alta percentagem das fotografias OVNIS não tem valor algum e não representam o genuíno fenômeno OVNI.
O FENÔMENO OVNI REAL
Uma vez dado por esclarecido o precedente, é conveniente mostrar de imediato que, apesar de tudo, há uma pequena proporção de casos verdadeiramente irredutíveis. Em todas as amostras subsiste uma categoria, a do fenómeno sem identificar e que recolhe aquelas infromações nas quais a descrição do objecto avistado e das suas manobras não podem ser explicadas objectivamente com os moldes de aparência e comportamento de fenômenos, objectos ou processos conhecidos.
A nossa experiência como pesquisadores que não rejeitam qualquer oportunidade válida para desterrar como explicável um sucesso, demonstrou-nos que, apesar disso, existe uma gama de observações insólitas que requerem ser objecto de estudo. O matiz desta afirmação é que, é imprescindível que esta investigação se execute desde uns pressupostos lógicos e críticos, com métodos e competência. A nossa tese é que, sem uma investigação a fundo e racional do fenomeno OVNI, a ovnilogia se converterá numa nova forma de obscurantismo e numa subcultura afastada dos avanços da ciência e da técnica, absolutamente manipulada por interesses sensacionalistas e comerciais.
Fonte: Adaptado por José Varela de um texto de fonte desconhecida.
Por: http://www.apovni.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=731:A%20Investiga%C3%A7%C3%A3o%20do%20Fenomeno%20OVNI&catid=14:investigacao&Itemi
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