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UFOLÓGICO / ASTRONÔMICO/ CIENTÍFICO

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Como deveremos agir se recebermos visitas de extraterrestres?

Em filmes de ficção científica que mostram invasões alienígenas na Terra, os extraterrestres costumam ser seres monstruosos que anseiam acabar com os humanos e dominar nosso planeta. E a nossa missão é acabar com eles o mais rápido possível.
Vamos supor que a ficção se torne realidade e que um dia recebamos visitas de extraterrestres aqui. E digamos que eles se mostrem pacíficos e não pareçam assassinos loucos, como mostram os filmes. Como é que deveríamos agir? Como deveria ser nosso contato com eles?
Acredite, tem muita gente que estuda como esse encontro entre terrestres e extraterrestres deve funcionar.
Pesquisadores pelo mundo esperam que, se um dia os ETs vierem para cá, a nossa recepção não seja como a de Will Smith no filme Independence Day.
io9 entrevistou vários antropólogos e questionou qual é a melhor maneira de nos comunicarmos com os seres de outro planeta. Essa questão é o tema da conferência anual CONTACT por 25 anos consecutivos. O antropólogo Jim Funaro, que fundou a conferência, disse que os antropólogos são os pesquisadores ideais para desenvolver ideias para uma comunicação extraterrestre eficiente, dado as suas experiências com diferentes povos e culturas no nosso planeta.
Funaro diz que a regra principal é não fazer suposições sobre os extraterrestres. Precisamos manter nossa mente aberta e não criar ideias falsas sobre a cultura e métodos utilizados por novas formas de vida.

Comunicação

Para Debbora Battaglia, professora de antropologia na faculdade Mount Holyoke College (EUA), devemos mostrar hospitalidade com os aliens. Ela explica que a comunicação pode ser difícil e diz que devemos estar preparados para isso.
Possivelmente seria preciso enviar um antropólogo linguístico para aprender a se comunicar com os seres extraterrestres, entendendo seus códigos. Essa tarefa pode ser muito complexa. Os aliens podem não falar ou escrever, e usar sistemas de sinalização desconhecidos para nós.
A comunicação com os alienígenas pode demorar muito tempo – anos, talvez. Sabemos que os golfinhos têm algum tipo de linguagem, por exemplo, mas depois de 50 anos de estudo, ainda não fomos capazes de desvendá-la. E eles são do mesmo planeta que nós.

Decisões e interesses

A antropóloga Kathryn Denning, da Universidade Iorque (Canadá), é cética quanto a comunicação pacífica entre extraterrestres e pesquisadores. “Se naves espaciais realmente aparecessem na Terra, acho que não haverá um ‘o que devemos fazer’, porque os governos e corporações com estações espaciais, satélites e armamentos irão agir de acordo com seus próprios interesses”, opina.
É difícil acreditar que os governos serão pacíficos com os visitantes. Se eles chegarem até nós, possivelmente terão uma tecnologia muito superior. Para chegar a Terra, eles violariam o que sabemos sobre a velocidade da luz, ou teriam que fazer uma viagem tão longa que seria difícil de acreditar.
Mesmo que eles não se mostrassem hostis, é fácil imaginar a paranoia geral entre os habitantes do nosso planeta. Afinal, é muito fácil ter medo do desconhecido.
Por mais que antropólogos, linguistas e pesquisadores ufólogos sejam mais preparados para entrar em contato com os aliens, é possível que governos acabem com os extraterrestres antes disso.

Representantes

Vamos supor que os extraterrestres já estivessem nos observando e possam nos compreender. Quem é que poderia falar em nome dos habitantes terrestres?
Supostamente um grupo internacional, como a ONU, uma superpotência ou a união delas. Os seres humanos “normais” não teriam chances de transmitir suas mensagens, e a real diversidade da Terra poderia ficar escondida.
Por enquanto, é preferível pensar que, se recebermos visitantes de outro planeta, os trataremos com hospitalidade. É a forma como deveríamos tratar a todos – mas, como sabemos, os seres humanos raramente se comportam assim. Não é a toa que muitos dos filmes com extraterrestres mostrem guerras e destruição. Por isso, é bom que consigamos imaginar outras alternativas.

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