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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

GRITO INTERIOR DE DESESPERO

Talvez, o maior dos medos resultantes das abduções alienígenas seja o de perder o controle sobre si mesmo e sobre a situação. Porque num caso do gênero não se tem o menor domínio, não se pode fugir, não se pode agredir para se defender e não se pode impedir as manipulações. Nada, enfim, se pode fazer porque nada se pode controlar. Além do medo, a sensação mais intensa é a de que se está só. O abduzido, se tem alguma lembrança lúcida de sua experiência, logo tem a percepção de que ninguém o compreende porque ninguém acredita nele. Solidão, porque se sente abandonado em seu sofrimento, outro sentimento sobre o qual também não tem qualquer controle. E como o assunto é desconhecido da imensa maioria das pessoas e desacreditado por outras tantas, são poucas as possibilidades de troca de idéias, de consolo, de respostas que possam calar o grito interior de desespero.
Isso tudo leva os abduzidos a se isolarem, tornando-se pessoas introspectivas, em sua maioria. Ou que se projetam no sentido oposto, procurando arrefecer os próprios sentimentos de agonia. Olhando-se por este prisma, a abdução parece ser um processo horrível, o que não é totalmente verdade. Ao lado dos procedimentos dolorosos, emocional e fisicamente, existem motivos para se crer que tenham uma função benéfica, muito positiva, especialmente nos contatos mais intensos e duradouros. São os próprios abduzidos que descrevem que seus raptores lhes mostram eventos catastróficos supostamente a ocorrer no futuro da Terra. São maremotos gigantescos, tsunamis, terremotos, vulcões, explosões nucleares que destroem nosso planeta.
Essas imagens podem ser analisadas de duas formas. Primeiro, os ETs estariam mostrando o que aconteceu em seus planetas ou outros do cosmos que conhecem, dando-nos, assim, um aviso sobre o que ações imaturas como as nossas podem causar. Segundo, apresentariam o futuro da Terra a nós mesmos, para que ações racionais sejam tomadas a tempo para evitar sua destruição. Mas, novamente, por quê? Convenhamos, se morássemos ao lado de uma família violenta, barulhenta e que pode incendiar a vizinhança, e partindo do princípio de que não seria possível mudar de casa, qual seria nossa atitude?

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