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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Se descobríssemos os ETs, qual seria nosso protocolo de contato?


Natalie Wolchover, do site lifeslittlemysteries.com, escreveu um artigo interessante, considerando uma possível relação entre nós e os ETs.
Abaixo, um resumo da informação por ela fornecida:
De acordo com Robert Freitas, escritor de vários livros que discutem possíveis cenários de contato com alienígenas, em 1950 os militares dos Estados Unidos desenvolveram um procedimento chamado “Seven Steps to Contact” (Sete Passos para o Contato (tradução livre do título – n3m3), o qual apresentava os passos lógicos que tomaríamos ao descobrir criaturas com aproximadamente o mesmo nível de consciência humana. Seguindo esses passos, começaríamos com uma vigilância remota e coleta de dados, e eventualmente moveríamos ao nível de visitas incógnitas a eles, com a meta de medir as características de desempenho dos veículos e armamentos alienígenas.
Se julgássemos que nossas capacidades tecnológicas fossem superiores àquelas da outra raça, tentaríamos nos aproximar do planeta para determinar se os ETs eram hostis, e se fossem, de que forma seriam. Se tudo fosse bem, faríamos então breves aterrissagens em áreas isoladas, coletando espécimes de plantas, animais e também de seres inteligentes. Em outras palavras, esta fase envolveria abduções não nocivas, similares àquelas relatadas por alguns estadunidenses.
A seguir, faríamos nossa presença conhecida, com abordagens de baixo nível, onde nossas naves e seus operadores poderiam ser vistos, mas não alcançados. Tentaríamos nos mostrar para o maior número possível de habitantes e demonstraríamos nossa existência e nossa natureza ‘não hostil’.
Por último, se tudo corresse bem e não houvesse razão para pensar que o contato seria desastroso para ambas as raças envolvidas, aterrissaríamos e tentaríamos um contato face-a-face.
Europa, uma das luas de Júpiter.
Meio século após o relatório militar ter sido escrito, ainda seguimos praticamente o mesmo procedimento.
“Vamos dizer que uma missão em um futuro próximo à Europa revele evidências incontestáveis de seres/civilizações inteligentes”, disse Jacob Haqq-Misra, um astrônomo da Universidade Estadual da Pennsylvania – EUA. “Explorações remotas continuadas provavelmente seriam a progressão mais provável, com tentativas de comunicação remota com seres inteligentes subterrâneos incluídas como parte das missões. Eventualmente os humanos gostariam de aterrissar e fazer contato, mas um princípio de precaução poderia atrasar a exploração, até que uma sonda robótica tenha confirmado que os habitantes de Europa sejam inofensivos”.
O que aconteceria se, como no segundo cenário proposto por Haqq-Misra, encontrássemos uma raça alienígena que fosse muito mais inteligente que nós – seres capazes de voo interestelar e de estabeleceram uma base em algum lugar de nosso sistema solar? Bem como formigas não podem compreender o comportamento humano, é difícil, ou impossível para nós compreendermos como esta raça avançada reagiria para conosco.
“Carl Sagan, [o famoso astrônomo, já falecido], pensava que qualquer raça de alienígenas que pudesse ser capaz de viajar entre as estrelas, seria tão avançada que estaria muito além para se comportar de forma agressiva, com guerra e assim por diante,” disse Shostak. “Mas essa é somente um projeção do que ele espera(va) que os humanos farão finalmente”.
Seth Shostak, um astrônomo do Instituto SETI em Mountain View, pensa de forma diferente. Ele diz que a agressão evoluiu como uma característica entre os terráqueos, porque ela nos ajuda a obter e proteger nosso recursos. Embora os alienígenas provavelmente teria evoluído de forma totalmente diferente, a pressão para manter recursos infinitos provavelmente teria moldado seu comportamento também. “Eu suspeito que os recursos seriam finitos no universo”.
Se Sagan estiver certo, então uma raça sábia que passasse por aqui nos trataria com imensa consideração e respeito, enquanto possuindo a tecnologia para assegurar que os tratássemos de forma similar. Se Shostak estiver certo, e os alienígenas incrivelmente avançados que encontrássemos fossem tão agressivos quanto nós, provavelmente estaríamos ‘fritos’.
Bem, talvez não exatamente fritos. Na opinião de Haaq-Misra, “uma sociedade capaz de viagem interestelar já deverá ter resolvido seus problemas de desenvolvimento, de forma que não precisariam ter humanos como seu alimento”.

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