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quinta-feira, 16 de abril de 2015

NASA descobre sistema solar parecido com o nosso, só que MUITO MAIS ANTIGO



Astrônomos detectaram planetas rochosos parecidos com a Terra ao redor de uma estrela que tem pelo menos 11,2 bilhões anos de idade, mais de duas vezes a idade do nosso próprio sistema solar.
A equipe internacional da Universidade de Birmingham (Reino Unido) observou KOI-3158, uma estrela laranja-amarelada que fica a cerca de 117 anos-luz de distância de nós, na constelação de Lyra.
Analisando dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, eles notaram que esta antiga estrela pobre em metais abriga cinco planetas de massa como a da Terra, cuja origem remonta aos primórdios da Via Láctea.
“Esta é a confirmação de que planetas do tamanho da Terra tem-se formado durante a maior parte da história da galáxia”, disse Tiago Campante, astrônomo da Universidade de Birmingham e principal autor do estudo.
Implicações
As implicações de encontrar o tipo terrestre em sistemas com tal idade podem ser surpreendentes. Se a vida evoluiu tão cedo na história da nossa galáxia, já teria tido pelo menos 10 bilhões de anos para ficar potencialmente muito inteligente. Em comparação, o nosso sol tem apenas 4,56 bilhões anos de idade, e a vida microbiana na Terra surgiu 3 a 4 bilhões de anos atrás, estima-se.
Na verdade, o tamanho dos planetas e sua potencial composição são estranhamente parecidos com nosso próprio sistema solar. Três planetas intermediários do sistema recém-descoberto são do tamanho de Marte e o planeta mais externo é um pouco menor do que Vênus, enquanto o planeta mais interno é do tamanho de Mercúrio.
Estrelas como nosso sol podem comer frequentemente planetas como a Terra
Os cinco planetas rochosos orbitam sua estrela-mãe em menos de 10 dias; menos de um quinto da distância de Mercúrio do sol. Por conta disso, eles parecem quentes demais para ser hospitaleiros para a vida como a conhecemos.
Mesmo assim, os resultados da equipe provavelmente irão ajudar a mudar como vemos a formação de planetas terrestres dentro da Via Láctea.
“A descoberta de um sistema como KOI-3158 aumenta o censo potencial dos mundos tipo Terra, talvez até de forma dramática”, disse Campante. “Isto certamente sugere que não existem obstáculos físicos fundamentais para a formação de análogos da Terra mais cedo na história da galáxia”.
Quantos planetas parecidos com a Terra existem em nossa galáxia?
KOI-3158
Durante os quatro anos de observações, o Kepler capturou dados que permitiram que os pesquisadores determinassem a idade da estrela com alta precisão.
KOI-3158 é cerca de 25% menor e 700 graus mais fria do que o nosso sol. Ela faz parte de um sistema estelar triplo em um disco espesso da Via Láctea – uma população estelar antiga que se estende por vários milhares de anos-luz acima e abaixo do plano da nossa galáxia.
Em contraste, o sol se encontra em um disco fino que constitui a maior parte do plano galáctico.
Com uma composição de apenas um terço de ferro do que o sol possui, em termos de habitabilidade, planetas em volta dessa estrela de baixa metalicidade podem não ser bons para abrigar vida humana – por exemplo, podem não ter um campo magnético forte o suficiente para proteger a vida de partículas carregadas e raios cósmicos.
Enquanto planetas gigantes gasosos parecem formar preferencialmente em torno de estrelas ricas em metais, pequenos planetas podem se formar sob uma ampla gama de metalicidades. Isto poderia significar que planetas como a Terra, só de que de pequeno porte, se formaram na galáxia cedo, quando os metais eram muito menos abundantes.
“Isso também significa que, se existe vida em algum destes planetas velhos, é provável que seja complexa e até mesmo tecnologicamente sofisticada”, disse Campante.
O índice dos planetas parecidos com a Terra
Se encontrar tais planetas antigos tornar-se uma tendência, em breve poderemos inferir que a vida inteligente extraterrestre deve se assemelhar a um Matusalém cósmico.
“Nós ainda não sabemos quão provável é que civilizações tecnológicas e inteligentes se formem em planetas habitáveis. Mas, por si só, esta descoberta aumenta as chances de que não estamos sozinhos”, completa Travis Metcalfe, astrônomo do Instituto de Ciência Espacial em Boulder (EUA), um dos coautores do estudo.
[Forbes]

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