O caso dos Objetos Voadores Não Identificados reserva às vezes muitas surpresas, quando se quer estabelecer correlações entre o aparecimento deles e outros elementos misteriosos da história desconhecida dos homens.
Os discos-voadores sobrevoaram numerosas vezes o sudoeste da França, e a região de Pau e de Oloron-Sainte-Marie em particular. A onda européia de 1952 parece interessante por mais de uma razão, porque mostra o fenômeno sob aspecto definitivo, confirmando uma série de fatos em que a mistificação era impossível.
Entre estes, a aparição de múltiplos engenhos a 17 de outubro de 1952 acima de Oloron deve classificar-se entre os acontecimentos malditos tão caros a Charles Fort!
Neste dia, o céu pireneano era de uma limpidez perfeita, e o diretor do colégio de Oloron acabava de consultar seu relógio que marcava 13h20. Perto dele, sua mulher e outros professores vigiavam um grupo de jovens que brincavam alegremente no pátio do estabelecimento, esperando a hora de voltar à aula. De repente todos os gritos cessaram, e, olhos fixos no céu, crianças e adultos foram testemunhas de um curioso espetáculo. Um engenho, com a forma de um cigarro, avançava no céu, deixando atrás de si milhares de discos multicoloridos. O cigarro era precedido por cerca de trinta discos, que as testemunhas chamam de “discos-voadores”. Estes discos eram compostos de uma bola central de cor vermelha e de um anel claro muito amarelo.
Esta esquadrilha atravessou o céu no eixo norte-este/sul-este, a 3.000 metros de altura, mais ou menos. O diretor do colégio, que exercera vários anos as funções de meteorologista, seguiu os engenhos com um binóculo durante quase vinte minutos. O cigarro avançava de modo retilíneo, os discos voavam em zigue-zague. Mas logo um segundo fenômeno devia seguir-se ao primeiro, e acreditou-se que, pela primeira vez em sua história, os OVNI iam deixar sinais palpáveis de sua passagem. Com efeito, depois do sobrevôo da cidade por esses misteriosos engenhos, várias pessoas de Oloron, entre elas o diretor do colégio e seus amigos, puderam recolher sobre as árvores e nos tetos (especialmente sobre o pára-raios da casa do médico) fios que tinham caído do céu. Os professores fizeram um pacote deles, que eles queimaram, e esses fios arderam como celofane! Desejosos de analisar sua estrutura química, ajuntaram uma grande quantidade deles, mas logo, ao contato com o ar, eles transformaram-se em matéria gelatinosa e desagregaram-se depois até desaparecer inteiramente.
Esses fios eram resultado de uma combustão ou uma espécie de "maná" caído do céu e destinado a “alguém” que conhecia o seu emprego exato? Esta pergunta não fica talvez sem resposta. Hunt Williamson pretende que existam Moradas do Leão, e P.V. Piobb que as Centúrias de Nostradamus significam mais do que profecias! A verdade está sem dúvida ali e numerosos esoteristas estão convencidos disso. Não foi talvez sem razão que o catarismo floresceu outrora tão rapidamente no sudoeste da França. Há doutrinas que, como as plantas, encontram uma terra especial em certos solos. Sobretudo quando as profundidades telúricas contêm um bom estrume.
Toda a região dos Pireneus, sabemo-lo, conheceu a doutrina dos “Puros”. Montségur é um nome que dificilmente se esquece. Ora, segundo Michel de Nostradamus, um tesouro está escondido perto dali! Nosso amigo esoterista Serge Hutin acentuou, em seu livro As Profecias de Nostradamus, a 27.a Quadra da Primeira Centúria. Hutin pensa que este enigma diz respeito ao lugar onde está escondida a chave das intrigantes mensagens legadas pelo vidente de Salon.
Por extensão, diremos que estes versos indicam “uma morada do Leão”...
“Dessous de Chaíne de Guien du Ciei frappé”
“Non loing de là est cachê trésor”
“Qui par long siècles avor été grappé”
“Trouvé mourra 1'oeil crevé de ressort.”
“Non loing de là est cachê trésor”
“Qui par long siècles avor été grappé”
“Trouvé mourra 1'oeil crevé de ressort.”
Guien é empregado aqui por Guiana, e nós podemos considerar que se trata da Cadeia dos Pireneus, que estava em parte incluída há cinco séculos nesta província. Depois de uma pesquisa séria e aprofundada, estamos convencidos de que a quadra à qual Serge Hutin liga tão grande importância designa a região de Oloron-Sainte-Marie!
Na primeira quadra da 8.a Centúria, Nostradamus escreveu o nome desta localidade:
LORON. Se decompormos esta palavra segundo as regras da cabala fonética tão ao gosto dos “sopradores” e dos “Irmãos de Heliópolis”, obtemos em primeiro lugar, o O signo sagrado e símbolo solar por excelência. LORON torna-se: o Ouro Redondo, isto é, por fim: o Sol! Sainte-Marie é “Notre-Dame” (como Nostradamus)”: a Virgem ligada ao primeiro nome nos faz pensar no androginato mágico dos Templários! A reunião dos dois símbolos ocultos designa um ponto de nosso país onde as forças cósmicas se conjugam com as forças telúricas!
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