Em Abbiate Guzzone ocorreu um interessante caso de contato com tripulantes de um OVNI. Na noite de 24 de abril de 1950 Bruno Facchini ao avistar o objeto pousado, aproxima-se dele, sendo paralisado por um raio de luz emitido por um dos tripulantes. A Itália possui uma farta casuística ufológica ainda desconhecida dos brasileiros. No país ocorrem anualmente inúmeros casos de observação noturna, diurna, filmagens, pousos e contato com tripulantes de OVNIs. Em várias ocasiões o país foi palco de ondas ufológicas de grande ou pequena duração, mas de forte intensidade. Um exemplo é o conjunto de ocorrências de pouso registradas em 1995 na região de Pordenone, ao norte do país [Caso Pordenone].
Outros casos bastante conhecidos, com ampla divulgação no Brasil foram os incidentes de Cárnia (Caso Vila Santina) e o caso de Rosa Dainelli, ocorridos respectivamente em: 1947 (Vila Santina em Cárnia) e 1954 (em Villa Cennina).
O caso em questão ocorreu em 24 de abril de 1950, por volta das 22 horas, em Abbiate Guazzone, Província de Varese, Lombardia, ao Norte da Itália. O protagonista do caso, Bruno Facchini, 40 anos na época, era mecânico, casado e tinha um filho pequeno. Ele morava na própria localidade onde o caso ocorreu, próximo à rodovia que conduzia à Milão.
O contato
No começo daquela noite ocorreu uma violenta tempestade sobre a região. Essa tempestade durou até aproximadamente 22 horas. Facchini aproveitou a calmaria e dirigiu-se ao banheiro, que situava-se a alguns metros da casa. Após ter usado o banheiro ele acendeu um cigarro e dirigiu-se para sua casa. Durante o percurso ele observou estranhos flashes de luz que a princípio pensou tratar-se de relâmpagos da tempestade que havia ocorrido pouco antes. O brilho originara-se em uma linha elétrica próxima à sua casa e por isso ele decidiu ir verificar se havia alguma anormalidade. Sua preocupação era com a segurança de seu filho que costumava brincar pelo local e poderia se deparar com algum fio caído no local. Chegando ao local onde a linha passava não notou nada de errado. Ao se virar para voltar à sua casa observou o mesmo flash de luz e o que estava produzindo o estranho fenômeno. Tratava-se de um objeto em formato de prato, de cor escura, se aproximando do local.
"Ele ainda estava um pouco distante. Eu decidi ir até lá. Então eu vi lá um enorme vulto escuro, como uma bola, com um topo achatado." Ele calculou a distância em 200 jardas (aproximadamente 180 metros), de onde estava. O diâmetro estimado do objeto era em torno de 10 metros de largura de 7 metros de altura. "No meio [do objeto] havia uma escada pequena, iluminada por uma luz verde. Quase que imediatamente, eu entendi que a luz veio de algum tipo de lâmpada manipulados por um homem em pé que parecia estar envolvido em soldagem. Vestia algo como uma roupa de mergulho e uma máscara. Guiado pela curiosidade eu me aproximei e vi duas pessoa, com a mesma roupa, movendo-se lentamente ao redor do objeto. Eu acho que seu traje de mergulho era pesado e atrapalhou seus movimentos".
Facchini descreveu, posteriormente, que as faíscas saíam de uma espécie de tubo com o qual o tripulante trabalhava, aparentemente reparando algum tipo de dispositivo. Através de uma escotilha ele observou que no interior do objeto haviam mostradores e cilindros. Segundo Facchini, os três seres vestiam o mesmo tipo de traje, de cor cinzenta, justo e inteiriço, que cobria todo o corpo. Na cabeça havia um capacete com uma mascara transparente a frente. Deste capacete saía um tubo flexível. A altura destes seres era algo em torno e 1,70 m. Durante o tempo em que esteve próximo do objeto Bruno Facchini sentiu o ar muito quente e ouviu um zumbindo constante.
Facchini concluiu que o objeto era um protótipo estado-unidense, avariado pela tempestade, e resolver se aproximar e oferecer ajuda aos tripulantes. Ao chegar mais perto falou alguma coisa, chamando a atenção dos tripulantes. A reação inicial deles foi estranha, para um presumido piloto americano. Eles começaram a chamar uns aos outros em um idioma gutural. O que estava trabalhando na fuselagem do objeto virou-se com dificuldade e acenou para o protagonista que interpretou como um convite para embarcar no objeto. Percebendo que não eram americanos Bruno Facchini entrou em pânico.
Raio de Luz
"Eu me ofereci para ajudar, mas a única resposta que eu recebi foram alguns sons guturais que não eram compreensíveis. Gostaria de saber quais foram suas intenções. Tive a sensação de que eles estavam me convidando a bordo. De repente ouvi um barulho, como o zumbido de uma colméia, ou um gerador de energia enorme. Eu vi outra escada no interior do objeto, e tudo ao redor, tubos, cilindros e bitolas. Compreendi que este não era um avião, e fui tomado pelo pânico, eu comecei a correr dali.
Eu já não estava tão perto quando virei a cabeça para trás. Eu vi um dos homens levantar algum tipo de aparelho que levava ao seu lado e um feixe de raios de luz veio em minha direção. Eu comecei a correr de novo, mas imediatamente, eu senti como se eu fosse cortado em duas partes por alguma ferramenta de corte ou por um jato de ar comprimido e eu caí".
Bruno Facchini descreve que ao ser atingido pelo raio luminoso sentiu como se tivesse sido empurrado por alguns metros antes de cair. Também descreveu uma forte sensação de calor na pele de seu abdômen. Ao cair continuou consciente e pôde observar o que estava acontecendo. Pouco tempo depois de cair ao solo, os tripulantes do objeto retornaram ao aparelho. A escotilha fechou-se e o objeto decolou emitindo um forte zumbindo.
"Eu fui atingido atrás por um feixe de luz, e tinha uma tal força que me senti empurrado. Perdi meu equilíbrio e eu caí no chão, batendo a cabeça contra uma pedra. Ferido, assustado e tonto, eu fiquei no chão sem se mover. Entretanto, aqueles seres estavam terminando seu trabalho de soldagem. Então eles entraram no disco, que fechou-se e foi embora.
Eles pareciam não estar mais interessados em mim. Estou convencido de que só queriam assustar-me e não tinham intenção de fazer algo errado para mim. Eles estavam ocupados na remoção dos andaimes e retirada da escada. Então, a porta fechou. Todas as luzes se apagaram. E o zumbido continuou. Repente, o som ficou mais alto. A nave decolou, ganhou velocidade e desapareceu."
Facchini permaneceu imóvel no chão por algum tempo. Tudo estava silencioso. Quando recobrou os movimentos dirigiu-se para sua casa onde tentou dormir.
Vestígios e Análises
No dia seguinte pela manhã a testemunha voltou ao local para procurar sua caixa de fósforos que havia perdido. Então, examinando o local, ele descobriu alguns traços e quatro depressões circulares de um metro de diâmetro cada, dispostas em um padrão quadrado de 6 metros de comprimento. A grama ao redor estava queimada e haviam pedaços de metal derretido no chão.
Bruno Facchini, ainda impressionado com a ocorrência, dirigiu-se à sede da polícia de Varese onde registrou o fato. Policiais locais realizaram uma averiguação que foi motivo de criticas de ufólogos italianos. Alguns jornais noticiaram que técnicos militares estiveram no local realizando análises, entretanto nada foi confirmado.
Amostras do metal encontrado no local foram enviadas para análise no Istituto di Ricerche per lo Studio dei Metalli em Novara que classificou o material como resistente à atritos e à altas temperatura sendo ideais para uso em cápsulas espaciais.
Um pesquisador italiano e um dos pioneiros na pesquisa ufológica no país, Renato Vesco, de Genova, realizou análises nas amostras metálicas concluindo que são constituídas de bronze em alta concentração e pureza com alguns traços de chumbo.
Facchini também se submeteu à um exame médico onde descobriu-se uma mancha enegrecida no local onde o feixe de luz o atingiu. Durante os 30 dias após o contato tal mancha expandiu-se chegando a cobrir suas costas causando-lhe dores durante este tempo. Além disso constataram-se ferimentos decorrentes da queda que se seguiu após ser atingido pelo raio.
O caso Abbiate Guazzone foi muito divulgado na época pelos jornais italianos e dali para o mundo. Com o passar dos anos, a imprensa esqueceu o caso e o "cara dos discos" foi esquecido pela mídia. Ocasionalmente jornais republicavam a história com pequenas distorções. Ufólogos italianos o visitavam com uma certa freqüência e seu relato permaneceu inalterado até sua morte.
Fonte: http://www.fenomenum.com.br
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