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UFOLÓGICO / ASTRONÔMICO/ CIENTÍFICO

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FUNCIONÁRIO DO CINDACTA FALA SOBRE SUA EXPERIÊNCIA

Cindacta
Quase vinte anos depois do acontecimento, e depois que o pai começou a pesquisar o Fenômeno UFO, o ex-controlador de vôo resolveu divulgar o que vivenciou. Hoje, aos 41 anos, casado, pai de três filhos e trabalhando como analista de sistemas, Alfredo Pereira concordou também em conceder uma entrevista exclusiva sobre sua insólita experiência. Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) é cada uma das unidades que executam as atividades de controle do tráfego aéreo comercial e militar, vigilância do espaço aéreo e comando das ações de defesa aérea no Brasil. Eventualmente utiliza-se o termo “Sindacta” para “Sistema Integrado de Defesa e Controle do Tráfego”, mas essa sigla não é utilizada pela Aeronáutica.
O sistema é composto por quatro unidades, responsáveis pelas seguintes áreas:
• Cindacta I (Brasília): Quadrilátero Rio de Janeiro — São Paulo — Belo Horizonte — Brasília; 
• Cindacta II (Curitiba): Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), Mato Grosso do Sul e parte sul de São Paulo; 
• Cindacta III (Recife): Região Nordeste e área oceânica que separa o Brasil da África e da Europa; 
• Cindacta IV (Manaus): Região Amazônica.

Entrevista

Vigília: Normalmente, os ufólogos e pesquisadores do assunto comentam que existe forte pressão do meio militar (ou outro qualquer) para evitar o “vazamento” desse tipo de informação. Alguma vez sofreu qualquer tipo de represália neste sentido?

Alfredo: Durante todo o tempo em que permaneci trabalhando no CINDACTA não recebi qualquer orientação para que mantivesse segredo a respeito do assunto.

Vigília: E como veio a decisão de contar sua experiência?

Alfredo: Sempre me mantive bastante discreto quanto à divulgação da minha experiência. Tenho observado que grande quantidade dos relatos sobre OVNIs são cercados de mistérios, imprecisões e outras características que dificultam a confirmação da sua veracidade. Assim, conservei aqueles fatos reservados a poucas pessoas da minha intimidade, até por ser um pouco avesso à publicidade e por ter receio de vir a ser entendido como sensacionalismo barato. Mais recentemente, em conversas com meu pai, que tornou-se um estudioso do assunto, fui convencido a fazer o relato mais ostensivamente.

Vigília: Chegou a comentar o fato com os superiores? E o que disseram? Você comentou com alguém –sobretudo colegas de trabalho– o que viveu naquela noite? E como reagiram?

Alfredo: Evidentemente fatos daquela dimensão não passam desapercebidos. Todos os que estavam trabalhando no mesmo turno que eu naquela noite, aproximadamente umas vinte pessoas acompanharam de perto o ocorrido.

Vigília: Soube de experiência semelhante de vivida por um colega de profissão?

Alfredo: Vez por outra acontecem aparições de OVNIs com algumas semelhanças, como por exemplo as que ocorreram em 1982 e 1986, inclusive com acionamento de caças da Força Aérea Brasileira.

Vigília: Você soube, naquela época, de alguma determinação pré-estabelecida por autoridade civil ou militar, algum procedimento específico para os casos de OVNIs?

Alfredo: Na época em que tive essa experiência não soube da existência de qualquer órgão do Ministério da Aeronáutica responsável pelo estudo desses fenômenos. Recentemente vim a tomar conhecimento de uma comissão criada com esse propósito, mas que também já teria sido desativada. (Nota do WebMaster: SIOANI- Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados)

Vigília:Qual sua opinião pessoal a respeito da existência ou não dos discos voadores, depois do que viu e do que já chegou a ter conhecimento?

Alfredo: Creio que existe uma diferença considerável entre Objetos Voadores Não Identificados e os chamados Discos Voadores.
O que posso concluir da minha experiência é que existem OVNIs; eles puderam ser observados pelos pilotos dos aviões e ainda captados e registrados por equipamentos eletrônicos. Não pode ter sido algo combinado por um grupo de pessoas para fazer teatro ou sensacionalismo. Como registrei no meu relato, os radares não enxergam “fantasmas” e não são acometidos de ilusões de ótica.
Não posso, a partir dos elementos reais que vivenciei confirmar a tudo que se fala a respeito de discos voadores e seus tripulantes alienígenas. No entanto, não me permito excluir a possibilidade das suas existências. Mas não tenho elementos conclusivos.

Vigília: Pode haver ainda algum registro do que ocorreu? Os sinais na tela de radar ficaram gravados?

Alfredo: Na epoca não havia um procedimento adotado no Cindacta para que o controlador de vôo relatasse formalmente os fatos em que esteve envolvido, especificamente sobre OVNIs. No entanto, todas as informações que o controlador de voo tem disponíveis para o seu trabalho: as comunicações via rádio com os pilotos, as ligações telefônicas com os outros órgãos do controle de tráfego, as informações exibidas na tela do radar, etc ficam gravadas e arquivadas por período de tempo suficiente para qualquer investigação que possa ser instaurada. Se os arquivos ainda estiverem guardados, é possivel, inclusive, reconstituir fielmente aquela noite de trabalho, quase como um filme.

Vigília: Como guardou tantos detalhes da experiência, ocorrida há quase 20 anos, e da qual, no entanto, não se recorda a data exata?

Alfredo: Eu realmente não sou muito bom datas, mas a experiência foi muito forte para que aqueles detalhes pudessem ser esquecidos.

Vigília: Disse que seu pai tornou-se um estudioso no assunto. Ele começou a pesquisar em função do que aconteceu com você?

Alfredo: Meu pai, com seus 78 anos de idade, já aposentado, leva uma vida bastante modesta, juntamente com mamãe, em sua pequena chácara na cidade de Londrina – PR. No entanto, conserva sua mente brilhante de professor, advogado e intelectual. Sua leituras o fizeram crer que os fenômenos OVNI não podem ser simplesmente frutos da imaginação de visionários, loucos e sensacionalistas – algo de real existe, e fantástico. Minha experiencia é apenas mais um evidência para suas convicções; não a primeira nem a principal.
Aconteceu no segundo semestre de 1977. Deveria ser mais um dia de trabalho normal — exaustivo e movimentado– para o controlador de vôo Alfredo de Barros Pereira, que à época trabalhava no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) em Brasília.
O turno duraria das 22 horas às 6 da manhã. Contudo, a tensão foi ao extremo quando, próximo da meia-noite, pontos inexplicáveis apareceram no radar, como que a seguir os aviões. O fenômeno duraria até quase o final do expediente de Pereira, e foi observado também por vários aviadores e outros controladores de vôo.
Cindacta

O relato de Alfredo:

“Um avião Boing 727 havia decolado de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro. Após alguns minutos ele foi transferido à minha responsabilidade no controle de vôo. Podia observá-lo pelos poderosos radares, já a uma distância de uns 60 km da capital paulista e ainda subindo para o seu nível de cruzeiro.
São raras as vezes em que controladores de vôo ou pilotos de avião admitem a observação de UFOs
De repente, próximo ao seu sinal identificado na tela do radar apareceram dois pontos, como se fossem dois aviões, seguindo na mesma direção, cerca de 20 km atrás.
Fiquei surpreso! Se fossem aviões comerciais, seria necessário minha própria autorização caso eles tivessem decolado de São Paulo. Se fossem procedentes de outras cidades, eu deveria ter sido avisado de que entrariam na área sob o meu controle, juntamente com sua identificação no radar.
Utilizei os recursos disponíveis nos equipamentos da mesa controle para medir suas velocidades. Para minha admiração, eles desenvolviam velocidades superiores a 1.500 Km por hora. Os jatos comerciais de grande porte, similares ao daquele Boing, voavam numa faixa de velocidade entre 800 e 950 Km/h. Lembrei-me, então, de que os aviões caças da Forca Aérea Brasileira costumavam fazer exercícios de guerra simulada, e de que eles poderiam desenvolver velocidades até superiores àquela observada no radar. Entrei em contato telefônico com o Centro de Operações de Defesa Aérea, que funcionava no mesmo prédio do controle de vôos comerciais, para saber se havia alguma operação em curso naquela área. Fui informado de que, naquele momento, nenhum dos caças estava voando. Em vista dessas informações percebi que coisas realmente intrigantes estavam para acontecer.
Conseqüentemente, as tensões advindas da imensa responsabilidade da função de controlador de vôo aumentaram grandemente. Olhando para a tela do radar, observei que os dois pontos (aviões, ou o que quer que fossem aquelas coisas) se aproximavam cada vez mais do Boing. Logo em seguida, os pontos na tela do radar, que tecnicamente chamamos de alvos-radar, fundiram-se com o alvo identificado como do Boing. Tal era a aproximação que eles fizeram do Boing, que o radar não mais distinguia uns dos outros. Através da freqüência de comunicação por rádio utilizada para o controle de tráfego aéreo, perguntei ao piloto do Boing se ele podia visualizar aviões próximos ao seu.
A resposta foi negativa. Uns 30 segundos depois, o Boing já passada ao lado da cidade de Sao Jose dos Campos – SP, quando o piloto me chamou por rádio, com a voz sensivelmente transtornada. Disse que apareceram, de repente, dois objetos grandes e luminosos, em nada parecidos com qualquer tipo de avião, um a sua frente e outro a sua direita. Mantinham distância de poucos metros em relação ao Boing, e suas luzes brilhavam intensamente, mudando constantemente de cores. Aquelas coisas se enquadravam perfeitamente na definição de OVNI – Objetos Voadores Nao Identificados. Primeiramente, eram Objetos – os radares captam apenas sinais de objetos concretos; eles não acusam a presença de fantasmas e não são acometidos de ilusões de ótica.
Em segundo lugar, eram Voadores – inicialmente estavam se deslocando a uma velocidade de 1.500 km/h, e quando foram avistados pelo piloto, já tinham ajustado sua velocidade com a do Boing, cerca de 850 Km/h, e voando a uma altitude de 7.000 metros. Finalmente eram Nao Identificados – nem o piloto, nem os registros do CINDACTA com seus computadores sabiam do que ou de quem se tratavam.
Por uns vinte minutos os OVNIs mantiveram as mesmas posições em relação ao Boing, mesma velocidade, mesma altitude, continuaram brilhando intensamente e alterando constantemente suas cores. Após este período, quando foi iniciado o procedimento de descida para o Rio de Janeiro, isto e, o Boing deixava seu nível de vôo a 7.000 metros de altitude, descendo lentamente para o aeroporto de destino, os OVNIs se afastaram rapidamente dele e desapareceram em seguida. Naquela mesma noite, por diversas vezes consecutivas, aquele aparecimento se repetiria. Aviões comerciais, jatos de grande porte, eram interceptados no meio do vôo pelos OVNIs, que os acompanhavam durante longo trajeto para depois desaparecerem.
Uma daquelas repetições, no entanto, merece destaque. Tendo decolado de Manaus, com destino a Sao Paulo, um dos aviões contemplados foi interceptado pelos OVNIs um pouco ao sul de Brasilia, a uma altitude de mais de 10.000 metros. As estranhas companhias estiveram juntas dele ate um ponto exatamente sobre a cidade de Belo Horizonte, quando desapareceram como num piscar de olhos.
Logo em seguida, num espaço de tempo inferior a 15 segundos, o piloto de um outro jato comercial de grande porte, que fazia um vôo do Rio de Janeiro para Recife, estava passando sobre a cidade de Vitória, chamou-me pelo rádio reportando que acabava de ser interceptado pelos OVNIs de maneira idêntica aos outros casos. Aparentemente, a distância de quase 450 km que separa Belo Horizonte de Vitoria foi transposta em menos de 15 segundos pelos OVNIs. 
O caso mais impressionante, porém, aconteceu após as 5 horas da madrugada. Um Boing, fretado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, decolou da cidade de Campinas, em São Paulo, com destino a Brasilia. Com menos de 20 minutos de vôo, já estabilizado no nível de cruzeiro acima de 7.000 metros, ele também foi surpreendido pelos OVNIs.
Depois de passar sobre a cidade de Belo Horizonte a intensidade das luzes dos OVNIs começou a aumentar lentamente. Em alguns minutos o piloto me disse pelo rádio que não conseguia mais ler os instrumentos de bordo, tal era o brilho das luzes que lhe ofuscavam as vistas. De fato, pude observar pelo radar que seu avião se afastava da rota determinada (chamada de aerovia).
De Brasilia, por alguns minutos, dei orientações de direção pelo rádio ao piloto, para que mantivesse a rota ao seu destino. Em seguida aquele vôo ingressaria numa outra área de controle de tráfego, já mais próximo de Brasília, chamado de controle de aproximação, que o conduziria no início do procedimento de descida, dos 7.000 metros até uma altitude e uma distância suficientes para o pouso, a ser controlado pela torre do Aeroporto Internacional de Brasilia.
Assim que fiz a transferência do vôo ao controle de aproximação, passei também o controle da minha console de trabalho a um colega, pois já estava bastante esgotado. No entanto, me dirigi à sala do controle de aproximação para acompanhar o seu trabalho, uma vez que os OVNIs ainda estavam colados no Boing, ainda que a intensidade das luzes já houvesse retornado ao seu nível inicial. Pelas informações do radar e pelo que o piloto nos reportava através do rádio, em nenhum dos outros casos durante toda a noite os OVNIs haviam chegado tão próximo do aeroporto. A distância para o pouso agora era menos de 30 km. Com mais dois colegas, corri para a torre que sustenta o radar de aproximação, pois de lá teríamos uma vista do pouso e de quase toda a pista – se os OVNIs estavam tão próximos ao aeroporto, poderíamos ter um contato visual. Infelizmente isto não aconteceu. Cerca de 10 km antes do aeroporto eles fizeram curva à esquerda e desapareceram em alta velocidade.”
Sistema Cindacta

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