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sábado, 7 de fevereiro de 2015

GUO Astronomia: 6 erros que cometemos ao olhar para o céu

Olhar para o céu é o passatempo de muitas pessoas ao redor do mundo, e não estamos falando de astronautas ou funcionários da NASA. Existem centenas de astrônomos amadores que dedicam várias de suas noites a observar os astros e estudar um pouco mais sobre o Universo.
Para esses amadores, alguns acontecimentos no céu são bem corriqueiros, como a passagem de satélites ou de meteoros. Porém, não é todo mundo que tem o costume de estudar mais a fundo o que acontece acima de nossas cabeças e, por isso, essas pessoas acabam cometendo alguns erros. Por mais simples que esses equívocos sejam, é sempre bom esclarecer para que eles não sejam passados para frente.

É verdade que dá para ver satélites artificiais a olho nu?

Sim, e eles parecem estrelas “correndo”. Com o telescópio é mais difícil ver um satélite artificial passando, pois além de eles cruzarem o céu a uma velocidade aparente considerável, com o telescópio você enxerga uma área menor da abóboda celeste, fazendo com que as chances de um objeto passar ali sejam pequenas.
Além dos satélites, também é possível ver a Estação Espacial Internacional e os ônibus espaciais passando. Existem sites como o Heavens-above.com que trazem a data e o horário em que alguns satélites e a ISS cruzarão o céu da sua região. Em fotografias de longa exposição, o objeto é registrado como um risco contínuo e forte, como na foto abaixo que registrou a passagem da Atlantis.

Existe estrela cadente?

Claro que existe, mas o nome correto é meteoro (ou meteorito). Trata-se de fragmentos de cometas e outras matérias que ficam vagando pelo espaço e são atraídos pela força gravitacional da Terra. Quando atinge a atmosfera do nosso planeta, os pequenos viajantes tornam-se incandescentes, dando origem ao efeito luminoso do meteoro. Em uma noite limpa e bem escura, é possível ver muitos meteoritos cruzando o céu; basta prestar atenção.

E por que a chuva de meteoros não “chove”?

As chamadas chuvas de meteoro acontecem quando há um aumento na quantidade de meteoritos cruzando o céu. Em uma noite comum, dentro de uma hora é possível ver cerca de cinco objetos do gênero. Nas chuvas, você consegue observar até doze meteoros em 60 minutos.

No verão é mais quente porque estamos mais perto do Sol?

Não! Esse erro é muito comum, mas o afélio (época em que a Terra está mais longe do Sol) e o periélio (quando o planeta está mais próximo do Sol) nada têm a ver com as estações do ano. É a inclinação da Terra que faz com que haja períodos quentes e frios em épocas diferentes para cada hemisfério.
Essa inclinação faz com que uma dada região receba menos radiação solar do que a outra. Isso interfere no clima do planeta e dá origem às quatro estações que conhecemos. O início de cada estação é definido por dois fenômenos astronômicos, chamados de “solstício” (para o verão e o inverno) e “equinócio” (para a primavera e o outono).
(Fonte da imagem: Astronomia no Zênite)

Todo cometa é visível a olho nu?

Não. Os cometas nada mais são do que bolas de gelo sujo que orbitam o Sol. Quando estão próximos à estrela principal do Sistema Solar, o núcleo do cometa é afetado pelo vento e pela radiação solar, fazendo com que a cauda se forme. Quando iluminada pelo Sol, essa cauda fica mais visível, mas nem sempre ela é grande o suficiente para que o objeto seja visto a olho nu.
Às vezes, um cometa pode passar por um súbito e grande jato de gás e poeira, fazendo com que sua cauda e coma aumentem de tamanho e ele possa ser visto da Terra. Em 2007, essa injeção de poeira pode ser vista no cometa Holmes.
Cometa C/2011 W3 Lovejoy
(Fonte da imagem: Fernando Augusto Lopes Corrêa / Grupo Astronômico Nevoeiro)

As manchas solares são erupções no Sol?

Justamente o contrário. As manchas observadas na superfície do Sol são, na verdade, as regiões mais frias e de menor pressão da fotosfera do astro. Enquanto a superfície solar pode chegar aos 6.000 oC, na área das manchas a temperatura varia entre 1.500 oC e 2.000 oC. O surgimento dessas áreas frias está associado ao campo magnético da estrela.

Uma frustração comum: coloração dos planetas

O sentimento de frustração é muito comum ao olhar um planeta pela primeira vez em um telescópio amador. Normalmente as pessoas vão preparadas para ver o que as fotos mostram: cores vistosas e aumentos espetaculares. Sim, os planetas são coloridos, mas pelo telescópio elas aparecem mais fracas, dando a impressão que o astro está desbotado.
As imagens que você encontra na internet normalmente são tratadas com dezenas de filtros e efeitos para destacar algumas características dos planetas. Além disso, as fotos da NASA, por exemplo, são tiradas por telescópios muito mais potentes do que aqueles usados por astrônomos amadores.
Então como saber que você está vendo um planeta? A forma esférica do objeto não deixa dúvida de que se trata de um planeta. Além disso, alguns astros possuem características bem distintas, como os anéis de Saturno ou as faixas e luas de Júpiter.
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Agora que você já esclareceu algumas das dúvidas mais comuns para quem não tem a Astronomia como atividade cotidiana, conte para outras pessoas e ajude a acabar com alguns mitos populares.

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