"Astropólogos franceses citaram visita de um povo que teria vindo da órbita de Siriuns B e com isso criaram controvérsias. Pesquisas mais recentes não corroboram relatos de campos que eles produziram nos anos 30 e 40." - Ulisses Capozzoli
Certamente a mais disseminada versão sobre esse sistema duplo teve origem em 1979, no livro 'O cérebro de Broca'- reflexões sobre a beleza da ciência, do astrônomo e divulgador de ciência americana Carl Sagan, referente a um conhecimento inesperado e atribuído aos dogons, povo que vive a aproximadamente 300 Km ao sul da região de Timbuktu, no centro da República de Mali, na África Ocidental. O livro de Sagan, na verdade, foi publicado aos poucos, antes de uma versão final, pois cada um de seus capítulos é formado por artigos que ele publicou em diversos órgãos.
A questão, neste caso, está intimamente relacionada à mitologia desse povo africano, que leva em consideração a presença do segundo par do sistema, a estrela Sirius B, identificanda por perturbações gravitacionais na estrela principal em 1834 e só registrada observacionais em 1851. A órbita de Sirius B, em torno de um centro de gravidade comum com a estrela principal, é de aproximadamente 50 anos. Alguns componentes da mitologia dogon têm raízes no Antigo Egito, mas também exibiriam fatos de que a ciência só teve conhecimento no século 19, como a presença de Sirius B.
O registro da presença de Sirius B na mitologia dogon foi feito pela dupla de antropólogo franceses Marcel Griaule, inicialmente formado em engenharia, um pioneiro no campo da etnografia, e Germain Dieterlen, aluna de pós-graduação do próprio Griaule e que antes havia estudado- como também ocorreu com Griaule - com Marcel Mauss neto do sociólogo, psicólogo social e filósofo francês Émile Dukheim.
Entre 1928 e 1933 Griaule participou de duas expedições etnográficas de larga envergadura que cruzaram a África e, na segunda delas, teve contato com os dogons, povo a que, desde então, teve seu nome associado. Ao longo dos anos 30, em parceria com Dieterlen, ele trabalhou com os dogons. Em 1938, defendeu o doutorado e recebeu seu título baseado em pesquisas com o povo a que havia dedicado anos de pesquisa.
O que a dupla relata em trabalho com os dogons é o registro de um suposto contato alienígena. Em síntese, um povo de aparência anfíbia, desde então conhecidos como "Nommo", informaram os dogons que eram originários de uma companheira de Sirius, uma estrela pesada, formada por material não disponível na Terra.
Fonte de pesquisa: Scientific American.
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