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UFOLÓGICO / ASTRONÔMICO/ CIENTÍFICO

sábado, 8 de julho de 2017

A história da ufologia em Cuba, a terra onde o silêncio era imposto

Em Cuba, falar de ÓVNIS dava cadeia.

Falar de ÓVNIs foi proibido em Cuba por décadas. Até que não deu mais para esconder.
Como toda ditadura que se preza, há décadas o governo de Cuba chefiado até então por Fidel Castro tratava quem questiona sua autoridade como inimigo.

Segundo ufólogos cubanos, o assunto "OVNIs e discos voadores" não podia ser falado abertamente por muitos anos. Até que, entre 1995 e 1996, uma onda de avistamentos forçou órgãos oficiais do governo a comentar o assunto para tentar acalmar uma parcela da população, preocupada com uma possível invasão de extraterrestres na ilha.

Os cubanos têm muitas preocupações. Falar de discos voadores não está entre as suas prioridades. Sob vigilância cerrada do sistema político, tentam apenas sobreviver. "Os poucos que discutem os ideais revolucionários de Fidel estão confinados em celas de isolamento, em prisões de alta segurança'', disse Elizardo Sánchez, do grupo Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional. Muitos deles, segundo a comissão, foram enviados a penitenciárias distantes de suas cidades, o que dificulta as visitas de familiares.

No dia 2 de abril de 2003, em um julgamento sumário, 78 opositores do regime cubano foram condenados a penas severas. Entre eles estavam três seqüestradores de uma lancha de passageiros que - depois da tentativa frustrada de chegar aos EUA - receberam pena de morte e foram fuzilados.

Grupos de defesa dos direitos humanos foram os primeiros a se manifestar contra os procedimentos de Havana, denunciando as execuções e as condições dos presos, condenados a até 28 anos de prisão.

Contra o uso da força, destacados intelectuais latino-americanos de esquerda, fontes de apoio moral a Castro, retiraram seu respaldo. Artistas e intelectuais manifestaram seu repúdio a Fidel em carta aberta, que contou com as assinaturas de Pedro Almodóvar e do cantor brasileiro Caetano Veloso.

Alheio aos protestos, Fidel Castro mudou de assunto e sugeriu aos líderes do G-8, formado pelos países mais ricos do mundo, que eles deveriam se reunir numa plataforma espacial, se quiserem escapar dos protestos anti-globalização.

A onda ufológica cubana de 1995 - 96

Neste tempo, Cuba viveu uma "onda" de relatos sobre OVNIs que repercutiu entre a população. " O interesse pelos OVNIs aumentou em Cuba nos últimos anos. Durante 36 anos a imprensa de Castro manteve um silêncio completo. Foi com a ‘onda’ de 1995 e 1996 que a "Rádio Rebelde" - a emissora oficial do regime – começou a tocar no assunto", comenta o ufólogo Virgilio Sanchez-Ocejo, um dissidente cubano que hoje mora em Miami, nos Estados Unidos.

De acordo com Virgílio, a Rádio informou que uma equipe foi enviada para investigar o encontro com um OVNI que foi relatado por um fazendeiro. Na manhã do domingo, 15 de outubro de 1995, Adolfo Zarate viu um disco voador pousar nas imediações do povoado de Torrente (no sul da província de Matanzas).

Zarate viu também três dos tripulantes da nave. Um relato histórico, segundo o ufólogo Virgílio: "Foi a primeira vez que o governo de Fidel admitiu para a população a existência dos discos voadores."

Pesquisadores animados

As declarações do fazendeiro Adolfo Zarate animou os ufólogos de Cuba, até então sem casos para pesquisar. Um grupo de ufólogos rodou um documentário em vídeo em 1997, intitulado "OVNIs em Cuba";. No ano seguinte houve o primeiro Simpósio Científico sobre OVNIs em Havana, o "ET; 98".

Em 1999, ufólogos e astrônomos cubanos sentaram-se juntos pela primeira vez para debater sobre Exobiologia e tecnologias extraterrestres num outro evento público. Foi lançado o livro "Sinais"; de 300 páginas, contendo 27 artigos que cobrem a cronologia da presença extraterrestre em Cuba.

A população também se animou a comentar sobre discos voadores e ETs, prestigiando mais de 20 palestras da série "Limites da Realidade", feitas numa biblioteca de Havana. Essas conferências continuam ocorrendo até hoje, sempre com bom público. A partir de 2001, os cubanos passaram a celebrar também o "Dia Mundial da Ufologia", celebrado pelos ufólogos a cada 24 de junho.

Virgilio Sanchez-Ocejo informa que Cuba conta hoje com pelo menos quatro organizações ufológicas atuantes. Elas têm sedes em Havana e nas províncias de Cienfuegos e Matanzas. Há dois sites específicos sobre a casuística da ilha.

Os ufólogos cubanos também criaram um mapa, indicando com códigos de cores as áreas de maior quantidade de aparições de discos voadores na ilha. A intensidade dos avistamentos cobre todas as províncias, como também ocorre nos países das Américas do Sul e Central.

Um dos casos ufológicos mais antigos de Cuba ocorreu em março de 1967, quando um caça MIG da Força Aérea interceptou um ÓVNI. Muitos anos depois esse incidente foi negado pelo general Rafael Del Pino.

Isso mostra que hoje os cubanos podem falar abertamente sobre OVNIs e extraterrestres, desde que não sejam casos relacionados com as Forças Armadas ou o governo de Castro.

FONTE: Portal UFONET

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